O nome de Raquel Motta do Amaral pode até não ser famoso, mas ela é. Após virar meme na internet durante sua participação no programa ‘É De Casa’, da TV Globo, a artesã dos ‘três reais’, como ficou conhecida, entrou na justiça contra mais de cem marcas que usaram sua imagem para fins comerciais sem o seu consentimento.
O meme de Raquel começou a bombar quando o ‘Fantástico’ editou a participação no quadro ‘Isso A Globo Não Mostra’, fazendo-a repetir os “três reais” inúmeras vezes no horário nobre da emissora.
Pegando carona no sucesso repentino da artesã, inúmeras marcas decidiram usar sua imagem para divulgar seus produtos. Lanchonetes, academias, shoppings e multinacionais – entre muitas outras. Ela se viu “vendendo” produtos e serviços sem nenhum contrato formal ou autorização prévia.
“Comecei e ficar preocupada, aí vi minha imagem em propaganda de motel. Achei bagunça demais”, reclamou Raquel em entrevista recente ao portal ‘Uol’.
Com a devida autorização e recebendo por isso, Raquel chegou a participar de alguns comerciais e fez posts patrocinados em seu Instagram, que agora tem mais de 140 mil seguidores. No entanto, ela não esperava ver sua imagem prejudicada com o uso por outras marcas, sem que ela fosse consultada.
A artesã trabalha como coordenadora do Instituto Musiva, especializado em economia criativa e inclusão social. Depois da fama, ela também faz uso comercial de suas redes sociais. Ao procurar auxílio jurídico, Raquel contratou duas advogadas: Cristina Gomes da Luz e Luiza Helena Costa de Oliveira.
Os processos correm na Vara Cível do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro), em segredo de Justiça a pedido da artesã.
“Foram muito mais de cem empresas. Distribuímos cerca de 80 ações, mas a cada dia encontramos mais empresas que usaram a imagem dela. Esse número só tende a crescer”, explica a advogada Cristina Luz em entrevista ao ‘Uol’.
Raquel solicita a exclusão imediata de todas as publicações indevidas no prazo máximo de 72 horas, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00, além de indenização por dano moral (por associar a imagem da artesã a produtos sem autorização) e material (pelo trabalho de influenciadora).
Todas as ações custarão R$ 8,96 milhões de reais às empresas processadas por Raquel. “Violaram a imagem, utilizam o rosto, a voz, adulteraram as falas tanto dela quanto da Ana Furtado. Foi devastador no sentido de achincalhar a imagem dela, porque há empresas das quais ela nem sabia, como motéis”, afirma a advogada da artesã.
Veja o momento do programa ‘É De Casa’ que acabou viralizando:
Confira algumas publicidades feitas com a figura de Raquel:
“3 reais???” Mulher que virou meme retorna ao ‘É de Casa’ e fala sobre a fama
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