A casa do ‘Big Brother Brasil’ (‘BBB 20’) está dando trabalho para os oficiais da lei. Pela segunda vez em apenas três semanas de confinamento, a Polícia Civil do Rio de Janeiro vai interferir no programa. Dessa vez, o órgão iniciou uma investigação contra o ilusionista Pyong Lee, que pode ter cometido o crime de importunação sexual.
As imagens que levaram à abertura do inquérito serão de uma festa que aconteceu no último sábado (8) e geraram muita polêmica na web: Pyong bebeu demais e se excedeu. Ele tentou beijar a ginecologista Marcela Mc Gowan por diversas vezes, contra a sua vontade, além de tê-la “encoxado”.
Além disso, Pyong apalpou a bunda da cantora Flayslane, esfregou as partes íntimas na cabeça da advogada Gizelly e pegou nas pernas da modelo Ivy. Tudo isso se esquecendo completamente do fato de que é casado e sua esposa está no nono mês de gestação.
Pelos atos cometidos durante a festa, o público do programa exigiu a expulsão do participante – o que não chegou a acontecer. Nas redes sociais, as hashtags ‘Fora Pyong’ e ‘Pyong Expulso’ ficaram entre os assuntos mais comentados do Brasil no último domingo (9).
No dia seguinte, após conversar com as participantes que teriam sido assediadas, o ‘Big Boss’ advertiu o comportamento do mágico no confessionário. Como punição, ele perdeu todas as ‘estalecas’ que tinha, além de ter ficado com um saldo de 500 negativo.
Marcela e Flayslane, por sua vez, também foram ouvidas pela produção. As duas afirmaram que o comportamento do colega não as feriu, que tudo estava bem e optaram por não registrar queixa formal.
Pyong pode pegar de 1 a 5 anos de reclusão
A delegada Catarina Noble, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), é a responsável pelo inquérito e explica que a abertura da investigação foi motivada pela repercussão das redes sociais. Ela confirmou as informações ao portal ‘Uol’ e revelou alguns detalhes.
O caso lembra bastante o do ginasta Petrix Barbosa, que saiu do ‘BBB 20’ para descobrir que também estava respondendo a uma investigação por assédio sexual. A depender dos andamentos da investigação, caso venha a ser condenado, os dois poderão pegar entre um e cinco anos de reclusão em regime fechado.
Contudo, o desdobramento dos dois casos será um pouco diferente: foi intimado quando ainda estava confinado e, caso não fosse eliminado pelo ‘Paredão’, teria que ser expulso do programa.
“A punição por importunação sexual é de 1 a 5 anos, mas vamos aguardar para que ele [Pyong] saia do ‘Big Brother’ para que possa prestar depoimento”, informou a delegada, que também ouvirá Marcela e Flayslane.
Segundo a delegada, essa diferença aconteceu pois já havia a expectativa de que Petrix saísse da casa. No caso de Pyong, a polícia não tem a intenção de ouvi-lo dentro do reality show e pretende dar prosseguimento para a investigação.
Assessoria e esposa de Pyong se manifestam
A assessoria de Pyong Lee foi procurada pela reportagem do portal ‘Uol’, mas informou que somente irá se manifestar quando receber notificação oficial da polícia.
Sobre as críticas feitas pelo público a respeito das atitudes de Pyong na festa, a assessoria disse: “A princípio estamos tranquilos com a situação pelo fato de que os envolvidos na suposta situação mantiveram o clima não só de amizade, mas de parceria”.
“Eles foram chamados ao confessionário e expuseram o ponto de vista, não concordando com as alegações das redes sociais. Estamos fazendo o monitoramento do impacto disso para a imagem do Pyong”, completou.
A influenciadora digital Sammy Lee, esposa do hipnólogo, se pronunciou sobre o caso utilizando a função Stories de sua conta Instagram. Ela iniciou afirmando entender que as pessoas esperem um posicionamento, mas que está prestes a dar à luz e prefere focar suas energias nisso. Sammy concluiu prometendo que dará sua opinião “no tempo certo”.
Pouco depois, os internautas notaram que Sammy Lee excluiu as fotos mais recentes com o hipnólogo das redes sociais, assim como as imagens de apoio à permanência dele no reality da TV Globo.
Caso parecido gerou eliminação no ‘BBB 19’
Enquanto estava confinado no ‘Big Brother Brasil 19’, o acreano Vanderson foi denunciado por três mulheres na cidade de Rio Branco, capital do estado Acre, sob acusações que envolvem estupro, agressão física e importunação ofensiva ao pudor. Ele foi intimado a prestar depoimento na delegacia do Rio de Janeiro, o que ocasionou sua desclassificação imediata do programa.
Após ser interrogado novamente na cidade onde ocorreram as denúncias, a delegada Juliana de Angelis Carvalho explicou que o caso de estupro foi arquivado. Agora, um ano depois, ele foi inocentado de todas as acusações.
Por causa dessa situação, o ex-participante disse recentemente que irá processar o Estado do Rio de Janeiro. “Não havia urgência. Ela poderia ter esperado até ele sair do programa”, dizem os advogados de Vanderson.
Vanderson irá cobrar a Justiça e o prejuízo causado por todas as acusações que o tiraram do programa. Ao todo serão 19 ações de indenização, material e moral.
Os advogados do biólogo identificaram alguns usuários nas redes sociais que ofenderam Vanderson e compartilharam um vídeo que identificava falsamente ele em uma cena de violência. Ele também vai processar o dono do canal no YouTube que divulgou este vídeo.
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