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Falso médico é descoberto após amputar perna de vítima em rodovia

Sem nunca ter estudado Medicina, homem usava documentos falsos para conseguir atuar

Foto: Reprodução/TV Vanguarda

Mais uma da série: Faculdade de Medicina pra quê? Um homem de 32 anos foi descoberto atuando como médico sem nunca ter pisado em uma universidade na vida.

Gerson Lavísio trabalhava como médico socorrista na concessionária que administra a Rodovia Presidente Dutra, em São Paulo.

Um acidente no último domingo (13) gerou um engavetamento entre três caminhões em Lavrinhas, a 230 km da capital paulista.

O falso médico, então, foi atender as vítimas e decidiu (pasme!) amputar a pena de um dos motoristas, um homem de 36 anos que tinha ficado preso às ferragens.

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A forma com que ele realizou o procedimento foi vista com estranheza pelos integrantes da equipe de saúde, que decidiram chamar a Polícia Rodoviária Federal.

As autoridades começaram a investigar e descobriram que Gerson Lavísio apresentou documentos falsos para ser contratado, como diploma de medicina adulterado e um suposto registro do Conselho Regional de Medicina com nome de um profissional que já havia morrido.

O falso médico acabou confessando e foi detido nesta terça-feira (15) em Pindamonhangaba (SP), mas liberado logo em seguida. Diante do caso inacreditável, a Secretaria de Segurança Pública disse, em nota:

“Policiais rodoviários federais receberam denúncia sobre um indivíduo que estaria trabalhando como médico ilegalmente e foram até o local citado, onde detiveram o suspeito. Ele confessou que não é médico, apenas fez curso de socorrista. O suspeito foi liberado após assinatura de um termo circunstanciado”.

Apesar das circunstancias em que o procedimento aconteceu, a vítima de amputação não morreu e seguia internado nesta terça-feira (15) na Santa Casa em Lorena, São Paulo.

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médico
Foto: Canva

Falso médico já havia sido pego antes

Essa não foi a primeira vez que Gerson Lavísio fingiu ser médico e colocou a vida de pessoas em risco ao atender pacientes sem ter formação em medicina. Um boletim de ocorrência já havia sido registrado contra ele por exercício ilegal da profissão.

Em 23 de dezembro, o falsário foi flagrado em uma unidade de atendimento em Parelheiros, em São Paulo, trabalhando como médico.

Após notar erros nas fichas médicas feitas por Gerson, o superior dele suspeitou e descobriu a verdade. Neste momento, ele já tinha atendido ao menos 15 pessoas no plantão.

Conforme o portal ‘G1’ apurou, Gerson Lavísio chegou a ser levado para a delegacia, mas o caso foi registrado como exercício ilegal da profissão, crime que tem pena menor que dois anos. Por isso, ele não foi preso.

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“Depois, aqui, ao ser indagado, por pesquisas, foi localizado uma ocorrência dele na cidade de São Paulo, onde foi verificado que ele não era médico, que ele não tem CRM e sequer chegou a cursar faculdade de medicina. Ao indaga-lo, novamente, ele acabou confessando que realmente não é médico, não tem formação na área da saúde, e não sabia explicar porque fez tudo isso“, disse a delegada Renata Costilhas ao ‘G1’.

Questionados sobre a contratação de Gerson como médico, representantes da concessionária afirmaram que ele atuava como funcionário terceirizado e foi desligado assim que tudo aconteceu.

A Concessionária RioSP lamenta muito o ocorrido e se solidariza com a vítima e seus familiares. O falso médico foi desligado imediatamente e não presta mais serviços à terceirizada Enseg, empresa contratada pela concessionária. Infelizmente também fomos vítimas desta fraude que se consumou com o exercício ilegal da profissão, atingindo a todos”, disse a empresa ao ‘Uol’.

“Desde o dia do acidente, realizamos diversas apurações técnicas e estamos prestando apoio às autoridades competentes na investigação do acidente e vamos procurar os familiares em seguida para prestar toda a assistência necessária para minimizar os danos causados“, concluiu o comunicado.

Em nova nota, a concessionária afirmou que passou a negar que amputações sejam realizadas na rodovia em casos de acidente. Já a empresa Enseg, terceirizada responsável pela contratação do falso médico, não se pronunciou.

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) emitiu uma nota sobre o caso polêmico. Leia:

“O falso médico apresentou o protocolo de solicitação de inscrição no Cremesp, o que foi considerado suficiente para sua contratação pela Enseg. Vale ressaltar que Gerson não possuía número de CRM e, portanto, não estava habilitado para atuar. O Cremesp esclarece, ainda, que vai investigar a contratação do falso médico por parte da Enseg e de outras instituições aonde o mesmo atuou, e que adotará as providências cabíveis”.

Rodovia
Foto: Polícia Rodoviária Federal

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