As cenas inacreditáveis do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, pego em flagrante estuprando uma paciente sedada durante uma cesárea, geraram consequências graves na vítima, que dava à luz seu terceiro filho naquele domingo, 10 de julho.
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A delegada Bárbara Lomba, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, afirmou em entrevista que a mulher – que teve a identidade resguardada – tomou coquetel anti-HIV e demorou dias para poder amamentar seu filho pela primeira vez.
Ela foi submetida ao protocolo realizado com vítimas de violência sexual e foi liberada para amamentar o bebê apenas na quinta-feira (14). Segundo a delegada, Giovanni Quintella Bezerra, que está preso, pode ser obrigado a fazer um exame de HIV.
“Tudo pode ser requerido judicialmente. Essas medidas invasivas podem ser pedidas desde que justificadas para que se configure um possível crime. Claro, diante da possibilidade de um outro possível crime, que seria a transmissão de moléstia, poderia haver essa possibilidade. Só que nós temos como testar as vítimas”, declarou a delegada.
“Me parece que esses profissionais de saúde têm que ser cadastrados caso eles tenham alguma doença. Eu vou buscar esta informação. Vamos por partes. Tem que se estudar um pouquinho, mas eu não descarto o pedido [do exame de HIV]”, complementou Bárbara Lomba.
A delegada disse, ainda, que a vítima está extremamente abalada psicologicamente com o ocorrido, mas em condições para depor sobre o caso à polícia.
“Vamos aguardar a vítima do estupro. Falei com ela ontem e foi emocionante. Ela chorou comigo ao telefone. Ela está muito abalada psicologicamente, mas que tem condições da falar, dar as declarações. Ela está bem, o filho está bem, voltou a amamentar agora, porque estava impossibilitada [por conta do coquetel]. Era um protocolo tomar o coquetel”, afirmou a delegada.
Em conversa com a mulher abusada, Bárbara Lomba fez questão de frisar que o médico estuprador está preso.
“O agressor está preso. Eu disse que vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para terminar a investigação e comprovar este crime. Eu a tranquilizei neste sentido. Perguntei se ela estava bem, ela chorou, disse que o filho está bem”, disse ela.
Delegada dá mais detalhes do caso do anestesista
A polícia está ouvindo outras mulheres, possíveis vítimas de Giovanni em procedimentos parecidos com o que ocorreu o flagrante do estupro.
“São mais de 30 pacientes identificadas. Não são relatos ainda. Nós precisamos fazer uma triagem. Saber qual foi o tipo de procedimento. Saber o que aconteceu”, disse a delegada ao ‘Extra’.
Os investigadores ainda estão realizando o levantamento de mais hospitais onde Giovanni Bezerra trabalhou, ou seja, o número de vítimas pode ser maior.
“Recebemos de 20 a 30 relatórios de pacientes do Hospital da Mãe, em Mesquita. Acredito que aqui ele tenha trabalhado em partos. Estamos aguardando a relação dos pacientes do Hospital da Mulher. Sabemos que ele trabalhava lá há cerca de dois meses”, relatou Bárbara Lomba.
A respeito do que sentiu quando recebeu o vídeo do flagrante do médico estuprando uma paciente sedada enquanto dava à luz, a delegada disse ser algo repugnante que não se imaginava.
“A minha primeira reação foi um choque total. O comentário era que a gente nunca tinha visto aquilo. Foi, certamente, o pior caso que investigamos, em termos de violência, de imprevisibilidade”, disse ela ao ‘O Globo’.
Sobre a importância de ter uma mulher à frente deste caso, Bárbara Lomba afirmou.
“Eu me identifiquei imediatamente com aquela mulher, me coloquei no lugar dela, pensei em todos os avanços e em tudo o que nós, mulheres, ainda sofremos. É mais uma violência. E essa violência é fora de qualquer imaginação. A vítima ali estava totalmente vulnerável, indefesa, confiando absolutamente naquelas pessoas, inclusive no agressor”.
“Na mesma hora em que vi o vídeo, me lembrei da minha cesariana, quando meu filho nasceu, e eu não fui sedada. Foi a primeira coisa que me veio à mente. E, cada vez que vemos o vídeo, procurando detalhes, eu me transporto para aquele lugar. Inicialmente, achei que a sedação pudesse ter sido necessária. Conforme vamos ouvindo relatos, vendo que o médico fez o mesmo em outras cirurgias, nos deparamos com a sedação sendo um meio, um dos elementos da execução do crime”.
O crime cometido pelo anestesista Giovanni foi considerado pela delegada como abuso de poder.
“Foi um abuso de poder, de uma posição do agressor em que ele estava com toda legitimidade. A priori, ele se utilizava desta posição de que não seria suspeito. E mais abominável ainda é a vítima estar totalmente indefesa na mão de uma pessoa que é um profissional de saúde, na qual se deposita uma confiança extrema. Uma das maiores confianças que podemos depositar é na mão de um médico. Ainda mais em uma cirurgia”, afirmou ela.
O médico Giovanni Quintella Bezerra está preso na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8, para onde presos que têm nível superior são levados.
Ao chegar no local, outros presos protestaram sacudindo as grades e gritando xingamentos diversos direcionados ao anestesista. Por segurança, ele está em uma cela isolada na galeria F.
Veja uma imagem do momento da prisão do médico anestesista:
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