Existe um limite de bom senso necessário no uso das redes sociais? A história de uma mulher que comemorou a vitória de um processo trabalhista com dancinha no TikTok – e acabou perdendo a indenização – tomou conta da web recentemente e leva a uma reflexão sobre o assunto.
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Esmeralda Mello é uma vendedora de 21 anos que entrou com uma ação trabalhista contra uma joalheria na qual era funcionaria e ganhou. Juntamente com duas amigas, que foram testemunhas na ação, ela gravou um vídeo para o TikTok dançando em comemoração à vitória judicial.
Contudo, a decisão de postar vídeo fazendo as infames dancinhas do TikTok acabou prejudicando a vendedora, que acabou perdendo a indenização.
A dona da joalheria levou o vídeo até a Justiça, que reverteu a sentença. Além de não receber o valor, Esmeralda ainda terá que pagar uma multa à empresa.
A vendedora entrou com processo por dano moral causado pela omissão de registro de trabalho, dano moral por tratamento humilhante e o reconhecimento retroativo, na Carteira de Trabalho, de vínculo empregatício.
Após prestar depoimento em audiência realizada no fim de 2021, Esmeralda Mello gravou o vídeo para o TikTok e postou na rede social com a seguinte legenda: “Eu e minhas amigas indo processar a empresa tóxica“.
O caso foi julgado pela 8ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, em São Paulo. Depois da publicação do vídeo comemorando, a juíza Silvia Almeida Prado Andreoni considerou a dancinha no TikTok “desrespeitosa“.
A magistrada ainda destacou que a relação entre as três mulheres “indica de forma clara que eram amigas e que tinham, no mínimo, uma grande animosidade em relação à joalheria”. Ou seja, elas não poderiam ter testemunhado, devido à relação próxima com a vendedora.
Na decisão, a juíza ainda disse que:
“Trata-se de uma atitude jocosa e desnecessária contra a empresa e, ainda, contra a própria Justiça do Trabalho. Demonstra, ainda, que estavam em sintonia sobre o que queriam obter, em clara demonstração de aliança, agindo de forma temerária no processo, estando devidamente configurada a má-fé“.
Dancinha do TikTok gera consequências
As três amigas foram condenadas por litigância de má-fé – conduta abusiva ou corrupta realizada por uma das partes no processo – e terão que pagar uma multa de 2% sobre o valor atribuído à causa para a empresa.
Mesmo depois de a Justiça ter revertido a decisão, Esmeralda Mello garante que não se arrependeu de ter postado o vídeo no TikTok e que está levando a situação numa boa.
“Não me arrependi da postagem, mas ela teve uma repercussão que eu não esperava. Tive um milhão de visualizações no vídeo e não esperava que fosse repercutir desse jeito. Meu celular está travado de tanta mensagem. Mas estou encarando tudo isso numa boa. Como diz o ditado: fazendo do limão uma bela limonada”, disse a vendedora em entrevista ao portal ‘G1’.
Esmeralda explicou que o vídeo foi postado depois de uma audiência, em um momento em que ainda era impossível ela saber se ganharia ou não.
“As duas são minhas colegas de trabalho e não se usa esse termo na internet. Nem sei o que deu de postar esse vídeo, mas não ia colocar na legenda ‘eu e minhas colegas’. Coloquei amigas. Amigo é um termo muito comum de ser usado. O vídeo foi postado depois da audiência, em novembro do ano passado. Ainda nem sabia se ia ganhar a causa“, afirmou a jovem.
Sobre os comentários que a história gerou nas redes sociais, Esmeralda diz que está sabendo lidar: “Tem a galera que apoia e tem também os ‘haters’. Mas faz parte. Estou encarando isso bem“.
Confira o vídeo responsável por levar Esmeralda a perder a indenização:
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