O assassino confesso Guilherme de Pádua quebrou o silêncio sobre a série documental ‘Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez‘, lançado há pouco mais de uma semana pelo HBO Max.
*Atualizado em 07/11/2022: o criminoso morreu aos 53 anos de idade, vítima de infarto fulminante.
- Conheça e descubra tudo que você pode fazer com seu dispositivo Alexa! E o melhor: experimente por 30 dias e, se não gostar, receba seu dinheiro de volta. Clique aqui para conferir!
Nesta quinta-feira (28), o criminoso reativou seu infame canal no YouTube e publicou dois vídeos nos quais explica que se afastou da mídia para tentar viver uma vida “discreta” e longe dos holofotes.
Contudo, desde que a série foi lançada, o crime cometido em 1992 voltou a ser um dos assuntos mais comentados e, junto com ele, Guilherme também tem figurado em destaque na mídia.
De acordo com Guilherme de Pádua – que atualmente se diz pastor evangélico – a série documental foi “totalmente parcial” e serve apenas “para estimular o ódio e a revolta”.
Os responsáveis pela produção optaram por não colher depoimento de Guilherme nem de Paula Thomaz, os dois condenados pelo assassinato de Daniella. O motivo?
O documentário não tem caráter jornalístico e, na época em que o processo corria na Justiça, o ator e sua esposa deram vários depoimentos se defendendo – o que contribuiu para confundir a opinião pública e até algumas autoridades.
“Ao longo dos anos, eles tiveram muito espaço na imprensa. Eles ofereceram diferentes versões que foram mudando. Houve até situações em que prometeram ‘contar o que nunca foi contado’, mas nada acontecia. Somos um documentário, é diferente de jornalismo”, afirmou o documentarista Guto Barra.
Em 28 de dezembro de 1992, Daniella Perez foi assassinada pelo colega de novela e sua então mulher, após sofrer 18 punhaladas que atingiram seu pulmão, coração e pescoço.
Guilherme atuava como par romântico de Daniella na novela ‘De Corpo e Alma’. Segundo testemunhas, o ex-ator a matou por achar que seu personagem estava perdendo destaque na novela.
Guilherme de Pádua se vê no direito de comentar
Em um dos vídeos publicados, Guilherme se pronunciou sobre a série que conta detalhes sobre o crime cometido por ele – que tirou a vida da jovem atriz de apenas 22 anos.
“Eu procurei nesses 10 ou 15 anos relembrar o mínimo possível dessa situação toda. Imagina você ficar sempre relembrando alguma coisa do seu passado da qual você se envergonha, da qual faz você ter uma série de pensamentos ruins, remorso, culpa. Isso não é um bom exercício, né?”, iniciou o ex-ator no vídeo.
Veja uma foto de Guilherme de Pádua com Daniella Perez, pouco antes do crime:
“Eu tava relutante, porque é muito ruim você se ver numa situação em que você é o algoz, em que você é o criminoso, em que você é a pior pessoa do mundo. Enfim, não vou me fazer de vítima, mas óbvio que não é nada agradável”, disse Guilherme.
O condenado, que antes tinha dito que não assistiria a série, decidiu conferir.
“Agora, com a série, sabe-se que lá o que vem pra frente aí pra mim. E eu precisei assistir para ver de que forma vai ser aceso, vai ser estimulado ódio, revolta… Existem até leis pra proteger o indivíduo, o egresso que cumpriu sua pena. Existem leis para protegê-lo de perseguição, mas eu não tenho conseguido isso e agora muito menos”, afirmou ele.
Ainda no vídeo, Guilherme de Pádua teceu críticas à produtora da série apontando para o que ele chama de “parcialidade“ em que o fato ocorrido 30 anos atrás foi apresentado.
“Um jornalismo investigativo pretende trazer à luz todas as evidências, as provas, e apresentar as hipóteses que cabem com a dinâmica do que foi descoberto, com os horários, provas, perícias. E a HBO, até porque é uma grande produção, parece que envolve até a Warner (…) tinha condição de fazer uma coisa bastante completa, como o Investigação Discovery costuma fazer. E dar a nós, que somos espectadores da série, o direito de fazer nossa própria análise. E a HBO perdeu essa oportunidade”, declarou.
“Não é fácil voltar para a mídia depois de 30 anos. Eu cumpri a minha pena, fiz tudo o que a lei me exigiu. Estava levando uma vida digna, discreta, trabalho, família, igreja, amigos. Aquilo que todo ex-presidiário deveria fazer. É o que a lei orienta”, continuou o assassino de Daniella Perez.
“[Estou] sofrendo tantos ataques. A minha vontade natural, a minha reação é de me defender. Qualquer um quer seu direito de resposta, de amplo direito, do contraditório. É o que a lei defende para todo cidadão. Isso no mundo natural”, acrescentou ele.
“Ontem, conversando com o pastor que me orienta há 22 anos, ele me disse: ‘filho, vá como ovelha muda ao matadouro […] Não adianta, filho, você nunca vai fazer quem torce para um time torcer para o outro‘”, contou o ex-ator.
Guilherme finaliza o vídeo afirmando que se apegou à Deus e à religião para “passar por tudo isso”.
“Eu estou parando esse assunto por causa de uma orientação pastoral. Eu creio que essa fé que carrego vai me ajudar a melhorar como pessoa. Eu não vou largar esse caminho que estou seguindo, porque sem fé é impossível agradar a Deus. Eu agradeço todas as orações e peço que continuem orando”, disse.
Confira um trecho da sentença de Guilherme de Pádua, publicado por Glória Perez nas redes:
Ver essa foto no Instagram
Agora assista ao vídeo de Guilherme de Pádua no YouTube, sobre a série:
Confira em outra publicação, o assassino de Daniella Perez contando porque ele não se defende mais sobre o caso:
- Conheça e descubra tudo que você pode fazer com seu dispositivo Alexa! E o melhor: experimente por 30 dias e, se não gostar, receba seu dinheiro de volta. Clique aqui para conferir!
Maurício Mattar revela que foi assediado pelo assassino de Daniella Perez
Deixe seu comentário