Uma embarcação naufragou no Pará há cerca de uma semana, levando 22 pessoas à morte. Entre os sobreviventes, estão 66, mas uma criança de 4 anos continua desaparecida.
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Dona Lourdes II era o nome da embarcação clandestina que ia do Marajó para Belém quando o naufrágio aconteceu.
Foram dias de tensão na procura de sobreviventes e, nesta quarta-feira (14), mergulhadores retomaram as buscas no local do naufrágio, próximo à Ilha de Cotijuba, na baía do Marajó.
Sophia Loren, de 4 anos, é a criança que ainda falta ser encontrada, de acordo com relatos de parentes e amigos dos tripulantes.
De acordo com a Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup), trata-se da última vítima a ser localizada.
Acontece que a visibilidade na água é ruim, mas embarcações e aeronaves continuam percorrendo a região para encontrar Sophia.
A Polícia Civil, a Marinha e o Ministério Público do Estado do Pará investigam o caso. Durante a investigação, mais de 40 pessoas foram ouvidas pela polícia, entre elas passageiros sobreviventes, pessoas que ajudaram no resgate e familiares do comandante.
Marcos de Souza Oliveira, de 34 anos, era o condutor da embarcação Dona Lourdes II e foi apontado como o responsável pela tragédia. Por isso, ele foi preso na tarde de terça-feira (13).
“O Marcos é o principal responsável pelo que ocorreu. E o pior, no momento de desespero ele não se preocupou em salvar vidas e alertar as pessoas“, disse o delegado geral da Polícia Civil, Walter Rezende, em entrevista ao ‘G1’.
Veja uma imagem do momento da prisão de Marcos de Souza Oliveira:
A defesa de Marcos, no entanto, diz que ele não se omitiu e tentou ligar para pessoas que pudessem ajudar, além de ter distribuído salva-vidas.
“Com objetivo de acompanhar, fiscalizar, apurar as circunstâncias do naufrágio, e promover a responsabilização dos envolvidos e viabilizar melhorias nos serviços de transporte que atendem a Zona Oriental da Ilha do Marajó”, informou a promotoria de Justiça de Salvaterra.
Entretanto, os relatos dos sobreviventes são diferentes. Segundo alguns deles, Marcos demorou para chamar socorro quando o barco começou a naufragar. Além disso, ele não orientou os ocupantes do barco e também não distribuiu coletes salva-vidas efetivos.
As pessoas que fizeram uso dos coletes salva-vidas afirmaram que eles não estavam em condições de uso e se rasgavam facilmente.
Pescadores que ajudaram no resgate das vítimas informaram também que várias pessoas estavam mortas, mesmo usando colete salva-vidas.
Veja imagem de um dia de buscas:
Na investigação da polícia, descobriu-se que o barco partiu de um porto clandestino e não tinha autorização para navegar. A lista oficial de passageiros, portanto, nem existiu.
A polícia soube das identidades dos desaparecidos por conta da reclamação de familiares. O comandante da embarcação deve ser indiciado por homicídio doloso, diz o delegado Walter Rezende.
Entretanto, familiares do suspeito podem ser responsabilizados também. “A gente está tomando depoimento e juntando às diligências realizadas para avaliar a extensão da responsabilidade criminal“, disse o delegado geral da Polícia Civil do Pará ao ‘G1’.
Diante do trágico naufrágio, a população da Ilha do Marajó cobra mais fiscalização e segurança nas embarcações para travessia entre Marajó e Belém.
O governo do estado declarou que duas empresas que faziam a travessia estão suspensas. E novas embarcações começaram a funcionar nesta terça-feira (13).
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