Já imaginou um anticoncepcional para os homens? Cientistas já trabalharam para desenvolver um método hormonal masculino, mas sem sucesso. Os sérios efeitos colaterais e a baixa efetividade não emplacaram a novidade.
Desde que as pílulas anticoncepcionais foram criadas, em 1960, as mulheres fazem uso de métodos contraceptivos e sentem em seus organismos os efeitos colaterais deles – que podem ser bastante prejudiciais à saúde.
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Agora, cientistas do Instituto Indiano de Tecnologia estão finalizando o desenvolvimento de um contraceptivo masculino. Trata-se do Anticoncepcional Risug (Inibição Reversível do Esperma Sob Controle), que tem efeitos capazes de durar por até 10 anos.
Nada mais é do que a injeção de um gel que danifica as caudas dos espermatozoides individuais, impedindo-os de fertilizar um óvulo.
A pesquisa já está nos testes finais e os resultados preliminares mostram que o método é melhor que a vasectomia – que interrompe a circulação dos espermatozoides permanentemente.
Um teste com 300 voluntários apontou 97% de eficácia do Anticoncepcional Risug, que além de não ser baseado em hormônios é menos doloroso que uma vasectomia e ainda é reversível. Ou seja, pode ser revertido através de uma injeção de água e bicarbonato de sódio.
Como funciona o anticoncepcional para homens?
É necessária a aplicação de uma anestesia local no escroto antes das duas aplicações da vacina anticoncepcional.
Depois disso, a injeção é aplicada em dois ductos deferentes, que são os canais que transportam os espermatozoides após o amadurecimento para que se juntem aos líquidos seminais e formem o sêmen.
O contraceptivo foi criado utilizando um gel feito de um polímero chamado anidrido maleico de estireno que, neste caso, reveste o ducto espermático. Este produto é usado no revestimento de canos em sistemas de água rurais na Índia, para matar bactérias.
Enfim, o Anticoncepcional Risug pode ter como efeitos: inchaço escrotal temporário e dor escrotal e também na região da virilha.
Contudo, depois do primeiro mês nenhum efeito colateral adverso foi relatado nos testes realizados em humanos.
Resta saber se os homens vão aderir. Quantos deles se submeterão à dor e aos possíveis efeitos adversos do método contraceptivo para evitar gravidez indesejada de suas parceiras? Eis a questão.
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