Em rota de colisão com o Vaticano, o líder da ordem dos Cavaleiros de Malta, Matthew Festing, desistiu do seu cargo, depois do papa o ter obrigado, a demitir-se.
A situação é inédita, já que a posição de grão-mestre dos Cavaleiros de Malta é geralmente liderada por toda a vida, e parece indicar um conflito mais profundo dentro do Vaticano, onde os ventos de modernidade defendidos por Francisco têm encontrado resistências crescentes junto das correntes mais antigas e conservadoras.
A queda de braço entre Matthew e o papa Francisco vinha desde dezembro de 2016, quando outro cavaleiro do topo da ordem também foi demitido, por ter permitido a utilização de preservativos num projeto de saúde destinado aos pobres.
A Ordem de Malta ou Cavaleiros Hospitalários (oficialmente Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta) atualmente, é uma organização humanitária soberana internacional, reconhecida como entidade de direito internacional.
A ordem dirige hospitais e centros de reabilitação. Possui 12.500 membros, 80.000 voluntários permanentes e 20 mil profissionais da saúde associados, incluindo médicos, enfermeiros, auxiliares e paramédicos. Seu objetivo é auxiliar os idosos, os deficientes, os refugiados, as crianças, os sem-teto e aqueles com doença terminal e hanseníase (esta a par com a Ordem de São Lázaro), atuando em cinco continentes do mundo, sem distinção de raça ou religião
A Ordem Soberana e Militar de Malta não tem sua sede no país de mesmo nome, mas sim no minúsculo território de apenas 6 km² que consiste em um prédio em Roma e seu jardim.
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