Pedrinho Matador – considerado “o maior serial killer brasileiro” – foi morto aos 69 anos de idade na manhã deste domingo (5) em frente da casa em que vivia em Mogi das Cruzes, cidade da região metropolitana de São Paulo.
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Segundo testemunhas, Pedro Rodrigues Filho estava sentado em uma cadeira na calçada da casa em que vivia, na Rua José Rodrigues da Costa, bairro Jardim Náutico em Mogi, quando um carro se aproximou, criminosos mascarados desceram e o executaram com vários tiros.
Quando já estava morto, um homem degolou Pedrinho Matador com uma faca de cozinha, segundo testemunhas informaram à polícia.
A ironia do ocorrido é que utilizaram o método preferido de Pedrinho para matar a maioria de suas vítimas – uma faca.
Padrinho Matador foi réu por 71 homicídios, mas confessou ter matado mais de 100 pessoas. Quando fez sua primeira vítima fatal, Pedrinho tinha apenas 14 anos de idade.
Ao longo da vida, ele matou o próprio pai por vingança e vários outros detentos. O criminoso ficou preso por mais de 40 anos e estava em liberdade há cinco.
Informações presentes no Boletim de Ocorrência da Polícia Civil de São Paulo dizem que um carro Volkswagen Gol G5 preto parou no meio da rua e, dele, desceram dois indivíduos. Eles usavam máscara – uma era do Coringa, vilão do Batman – e eles estavam armados.
Após os vários disparos contra Pedrinho Matador, ele estava caído no chão quando um dos homens cortou seu pescoço usando uma faca de cozinha.
O veículo usado pelos criminosos foi abandonado tempo depois na estrada Cruz do Século, em Mogi das Cruzes. Uma munição aparentemente intacta foi encontrada no assoalho do banco do carona.
Quem foi Pedrinho Matador?
Pedrinho Matador tem o título de um dos maiores serial killers brasileiros devido ao fato de ter sido responsabilizado por 71 mortes – e confessado a autoria de ao menos 100 homicídios.
Com uma tatuagem no braço escrito: “mato por prazer“, Pedrinho ficou preso por mais de 40 anos e grande parte dos crimes foi cometido exatamente dentro das penitenciárias que ele passou a maior parte da vida.
Pedro Rodrigues Filho nasceu em 29 de outubro de 1954 em uma fazenda em Santa Rita do Sapucaí, no sul de Minas Gerais, com o crânio ferido devido aos chutes que o pai dava na barriga da mãe em meio a brigas frequentes do casal.
Em entrevista ele chegou a afirmar que sentiu vontade de matar pela primeira vez aos 13 anos. Ainda na infância, durante uma briga com um primo, Pedrinho empurrou o rapaz sobre um moedor de cana-de-açúcar. Ele não morreu por muito pouco.
O primeiro homicídio foi cometido por Pedrinho aos 14 anos. Na época, ele matou o vice-prefeito de Alfenas, na Região Sul de Minas, por ele ter demitido seu pai.
A demissão aconteceu depois que o pai de Pedrinho foi acusado de roubar merenda do colégio municipal em que trabalhava. Inconformado com a situação, o adolescente quis se vingar e tirou a vida do político e também de um vigia – que ele acreditava ser o verdadeiro ladrão.
Depois disso, Pedrinho fugiu para Mogi das Cruzes (SP), onde os padrinhos dele moravam. Lá, conheceu a viúva de um líder do tráfico, chamada de Botinha, e passou a viver com ela. Foi a partir daí que ele entrou para o tráfico de drogas.
Assumiu o trabalho do falecido e decidiu matar seus rivais. Resultado? Três homens já foram executados aí.
Algum tempo depois, Matador encontrou Maria Aparecida Olímpia, por quem se apaixonou e chegou a tatuar o nome dela na pele. Ainda, a frase: “sou capaz de matar por amor“.
Quando a companheira de Pedrinho estava grávida, ela e o bebê foram assassinados. Ele ficou possesso e torturou e matou várias pessoas na busca por vingança.
Até que uma mulher dedurou o mandante do crime – um antigo rival dele. Pedrinho juntou quatro amigos e o encontraram durante uma festa de casamento, onde mataram sete pessoas e deixaram outras 16 feridas.
Pedrinho Matador foi preso logo depois dos 18 anos, após ser denunciado pelo pai de uma namorada. Durante a transferência para o presídio, ele assassinou um homem condenado por estupro.
Matava por vingança e também por motivos fúteis
Ele foi para a cadeia pela primeira vez em maio de 1973, quando tinha 19 anos, e saiu em 2007, aos 34 anos de vida. Continuou praticando crimes e, em 2011, Pedrinho foi preso novamente, sendo liberto apenas em 2018.
O criminoso tinha o hábito de esfaquear suas vítimas. Ele matou muitos detentos no refeitório, na cela, no pátio da penitenciária e até mesmo dentro de um camburão da polícia.
Chama atenção o fato de Pedrinho ter confessado o assassinato de um interno só porque “não ia com a cara dele”.
Em outra ocasião, Pedrinho matou um colega de cela alegando que o rapaz “roncava demais”. Ao longo da vida, ele chegou a fugir da morte várias vezes.
Uma vez foi informado sobre uma emboscada, comprou a faca de um carcereiro e, quando foi atacado por cinco detentos no pátio da cadeia, conseguiu matar três deles. Os outros dois conseguiram fugir.
Pedrinho Matador disse em várias ocasiões que sentia orgulho de ter matado o próprio pai. O crime aconteceu depois que ele foi transferido para o mesmo presídio em que o progenitor cumpria pena.
Aos 20 anos de idade, Pedrinho se vingou do pai por ele ter esfaqueado a mãe suspeitando de uma traição. Ele rasgou o peito do pai com 22 facadas, arrancou e – pasme! – mastigou um pedaço do coração dele.
Nos últimos anos, Pedrinho Matador estava marcando presença nas redes sociais – onde se autointitulava como “ex-Pedrinho Matador – criador de conteúdo digital”.
Ele estava tendo sucesso, afinal, já foi comprovado cientificamente o interesse das pessoas por assassinos em série.
A autobiografia dele recebeu como título: “Não Sou Um Monstro“, na tentativa de deixar claro que Pedrinho havia decidido deixar o crime para trás.
Menos de 24 horas antes de ser executado em Mogi das Cruzes, Pedrinho postou um vídeo enquanto disputava uma partida de sinuca.
Após sair da cadeia, ele chegou a lançar um canal no YouTube e comentava sobre os próprios crimes:
Pedrinho recebeu diagnóstico de Psicopatia
Um laudo feito por dois psiquiatras em 1982 o diagnosticaram como psicopata. Ele não sentia remorso nenhum por tirar a vida de tantas pessoas.
A maior motivação de Pedrinho era “a afirmação violenta do seu próprio eu”. Ele foi diagnosticado com “caráter paranoide e anti-socialidade”.
Vários relatos do criminoso têm diferentes contradições. Ele foi condenado a 400 anos de cadeia por 71 homicídios. Segundo a revista ‘Época’, existem registros de apenas 18 processos contra Pedrinho.
Questionado sobre os processos, ele perguntou: “só isso?”. Segundo a polícia, muitos documentos se perderam com os anos.
Um pesquisador explicou que, nos anos 1970, muitos registros penitenciários desapareceram no Brasil. As documentações foram perdidas em uma época de desmandos em que os tribunais ainda não eram informatizados.
Preso por mais de 40 anos, Pedrinho Matador passou por nove instituições diferentes. A lei brasileira diz que, na prática, nenhum preso pode ficar na cadeia durante mais de 30 anos. Sendo assim, Pedrinho deveria ter sido liberto em 2003.
Contudo, devido a outros delitos cometidos por ele enquanto esteve preso, a permanência dele atrás da grades aumentou até 2007, ano em que ele foi solto pela primeira vez.
Como dito anteriormente, em 2011 Pedrinho foi preso de novo devido a novas condenações por crimes cometidos na cadeia. Ele foi solto em 2018.
Confira a participação de Pedrinho Matador no ‘Cometa Podcast’, onde ele contou sobre vários dos crimes que cometeu ao longo da vida:
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