Maysa Vilela
Um jovem de 23 anos foi preso sob suspeita de estupro contra uma idosa de 90 anos, em um hotel em Unaí, região Noroeste de Minas Gerais. A Polícia Militar relatou o incidente, ocorrido na noite de domingo (25).
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De acordo com a polícia, a idosa foi descoberta sem suas roupas no quarto do hotel, onde o jovem estava alojado. A investigação sugere que o suspeito atraiu a senhora para o quarto, tentando seduzi-la com a oferta de um bombom.
A dona do hotel, que também é responsável legal da idosa, relatou que a vítima vive na propriedade. Ela relatou à Polícia Civil que a idosa tem problemas mentais e é surda, além de não conseguir falar.
Após avaliação, a polícia concluiu que a idosa foi, de fato, vítima de estupro. Devido à condição de saúde, ela não seria capaz de consentir ou se defender do ataque.
O suspeito tentou escapar quando a polícia chegou, mas foi preso em flagrante e levado à delegacia.
O caso repercutiu bastante nas redes sociais e internautas ficaram inconformados com tamanha crueldade contra uma mulher de 90 anos.
“Cada dia que passa fico + indignada com a mente humana, como podem estuprar uma idosa de 90 anos???“, questionou uma mulher.
“A pessoa viver 90 anos pra passar por uma violência dessas no fim da vida… Inacreditável”, disse outra pessoa ao ficar sabendo.
“Gente, como assim o cara de 23 estuprou. ESTUPROU. uma idosa de 90 anos? Não pode ser real essa notícia“, afirmou uma internauta.
Violência contra a idosa
A violência contra idosos é conhecida como violência gerontológica ou abuso de idosos. Ela se manifesta de várias formas, incluindo abuso físico, emocional, sexual e financeiro, bem como negligência ou abandono.
No Brasil, o problema da violência contra idosos é grave e vem se agravando com o envelhecimento da população.
Segundo dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, em 2020, durante a pandemia da COVID-19, houve um aumento significativo das denúncias de violência contra idosos. As estatísticas mostram um aumento de quase 60% em relação ao ano anterior.
De acordo com dados da ‘Agência Brasil’, nos primeiros cinco meses de 2023, o Disque 100, do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), recebeu mais de 47 mil denúncias de violência cometida contra pessoas idosas, que apontam para cerca de 282 mil violações de direitos como violência física, psicológica, negligência e exploração financeira ou material.
Cada denúncia pode ter mais de um tipo de violação de direitos.
O número de violações de direitos humanos é 87% maior em relação ao mesmo período de 2022. De janeiro a maio de 2022, mais de 150 mil violações foram anotadas, a partir de mais de 30 mil denúncias. Os números são da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos.
Muitos desses casos ocorrem dentro do próprio ambiente familiar, perpetrados por pessoas próximas ao idoso, como filhos, netos e cuidadores.
As consequências da violência podem ser devastadoras, incluindo lesões físicas, trauma emocional, isolamento social e até mesmo morte.
Segundo especialistas, o envelhecimento da população torna a questão do abuso de idosos cada vez mais urgente.
Portanto, é fundamental que haja uma ampla conscientização sobre o problema, bem como a implementação de políticas públicas efetivas para prevenir e combater a violência gerontológica.
Além disso, é importante lembrar que, de acordo com o ‘Estatuto do Idoso’, é obrigação da família, da sociedade e do Estado garantir ao idoso:
O direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. O descumprimento dessas garantias pode acarretar penalidades de natureza civil e criminal.
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