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Amigo que sofreu acidente com filho de Bonner tem sonho: paralimpíadas

Giuliano Castro estava no carro quando acidente aconteceu e acabou perdendo o movimento das pernas

Fotos: Reprodução/Redes Sociais

Giuliano Castro, que se tornou famoso por sofrer um acidente de carro em 2017 quando estava com Vinicius Bonemer – ninguém menos que o filho dos jornalistas William Bonner e Fátima Bernardes – tem sonho de participar das Paralimpíadas.

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Agora, aos 25 anos, a meta do jovem, que perdeu o movimento das pernas na fatalidade, é representar o Brasil nas Paralimpíadas, mas a jornada até aqui não foi nada fácil, revelou ele em entrevista ao portal ‘Uol’.

O jovem, amigo do filho de Bonner, tinha 19 anos quando se envolveu no acidente na rodovia de Búzios, no Rio de Janeiro, e o caso chamou a atenção dos meios de comunicação devido ao envolvimento do filho dos jornalistas. Em estado grave, Giuliano foi rapidamente levado ao hospital, enquanto o mundo acompanhava o caso.

Quem estava dirigindo o carro que colidiu com um caminhão era o filho de William Bonner e Fátima Bernardes, na época com 19 anos. Giuliano, por sua vez, dormia no banco de trás quando o acidente aconteceu. Posteriormente, exames confirmaram que Vinicius não estava embriagado.

Ao relembrar o trágico evento, Giuliano explicou a sua relação com Vinicius:O Vini e eu, a gente é muito amigo até hoje. Gosto muito dele, nunca botei a culpa nele. Foi um acidente, não tem o que fazer”.

Na época do acidente, Giuliano estudava Economia e Administração nos Estados Unidos. Após o ocorrido, ele passou pelo tratamento médico, com o apoio de amigos e família. Infelizmente, uma lesão na coluna resultou na perda de movimento nas pernas.

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Foi no país norte-americano que o jovem descobriu sua paixão pelo rugby em cadeira de rodas: Comecei a jogar no time da cidade, eles me descobriram por causa de uma matéria que saiu na revista da faculdade. Fiquei um ano e meio lá enquanto estava na faculdade”.

Depois de concluir os estudos em 2020, Giuliano voltou ao Brasil, onde continuou seu envolvimento no esporte, apesar da pausa causada pela pandemia. Agora, ele é tido como uma das promessas do rugby em cadeira de rodas no país, com o sonho de representar o Brasil nas Paralimpíadas.

“Fico feliz de ser chamado de ‘revelação‘, não sei se já estou lá, mas acredito que um dia eu chego, trabalho para isso“, reflete ele.

E a vida de Giuliano não é apenas focada no esporte. Ele também trabalha na Livelo, uma das maiores empresas de recompensas do país. A combinação de carreira e treinamentos não é tarefa fácil:

Os treinos são de duas a três vezes por semana, 3h por dia, fora dos treinos em quadra e academia. Na seleção, há semanas de treinos e são dias inteiros de preparação, alimentação e treino. Não é fácil conciliar, mas a Livelo é BASTANTE flexível e tem banco de horas. Consigo compensar os dias que estou jogando trabalhando horas depois”, disse.

Veja como ficou o carro após o acidente:

acidente carro - Vinicius Bonemer
Foto: Reprodução

Veja uma das publicações feitas por Giuliano no Instagram:

A nova vida de Giuliano Castro

Na entrevista recente, Giuliano revelou que o acidente que o deixou com deficiência não o limitou, mas sim o impulsionou para descobertas que ele nunca teria feito de outra forma.

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Desafiando todas as expectativas, ele teve que reaprender a fazer tarefas avançadas e encontrou forças para viver uma vida completamente independente.

“Eu também tinha minhas dúvidas: se ia conseguir ou não conseguir, se precisaria de ajuda sempre. Hoje, eu vejo que não. Venho para São Paulo, vivo sozinho, cozinho sozinho, dirijo… Hoje, consigo ter uma vida normal com algumas gostam. Faço tudo. O rugby me ajudou a abrir os olhos. Vejo outras pessoas morando sozinhas. Eu percebo: consigo também”, disse ele, emocionado e convicto.

Nesta nova jornada, o amor e o suporte dos amigos e familiares cumpriram um papel fundamental.

Ao contrário do que se poderia esperar, Giuliano nunca caiu em depressão ou sofreu problemas psicológicos devido ao trauma. Ele atribui à sua abordagem racional da vida e, talvez, à sorte.

No entanto, o rugby em cadeira de rodas foi um fator crucial para seu bem-estar físico e mental. 

O rugby me ajudou tanto na saúde física, como na saúde mental também. Se eu tô na cadeira de rodas e trabalhando o dia inteiro, uma chance de sedentário e ganhar muito peso é fácil. Também é legal estar em um ambiente com pessoas que passaram por casos como o meu. É bom que dá uma perspectiva”. 

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