Um episódio insólito ocorrido nos arredores de Kingston, na Austrália, levou Jenny Forward ao hospital com sintomas agudos de um envenenamento bastante raro: por ornitorrinco.
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Enquanto tentava ajudar um ornitorrinco que aparentava estar ferido, ela foi picada pelo animal, pois estava sem nenhum tipo de proteção em suas mãos.
Isso resultou em intensas dores e desconforto, exigindo sua internação imediata.
A ‘Bonorong Wildlife Sanctuary’ revela que os eventos como esse causados por ornitorrincos são extremamente raros, com menos de cinco casos registrados nas duas últimas décadas.
Isso ressalta o desafio para os profissionais de saúde, que muitas vezes têm de consultar a literatura científica para formular um plano de tratamento. Clique aqui e leia mais sobre ornitorrincos e outros animais exóticos da fauna australiana.
O veneno do ornitorrinco
O ornitorrinco (Ornithorhynchus anatinus) é uma das poucas espécies de mamíferos que possuem um sistema venenoso.
Em particular, os machos têm esporões de 1,5 cm nas patas traseiras, ligados a glândulas de veneno. Esses esporões são ativados principalmente durante o período de acasalamento.
A Australian Platypus Conservancy (APC) também comentou sobre o caso.
“O veneno do ornitorrinco não é fatal para os humanos, mas, dependendo do grau de envenenamento, pode causar inflamação localizada grave e dor insuportável que diminui gradualmente ao longo de algumas semanas”.
Greg Irons, diretor do ‘Bonorong Wildlife Sanctuary’, esclarece que os ornitorrincos não são apenas animais aquáticos.
“Os ornitorrincos viajam longas distâncias em terra e também usam como áreas de drenos das rodovias [para se locomover]”.
O animal que Forward tentou resgatar, por exemplo, foi posteriormente examinado por veterinários e estava completamente saudável.
Para quem visita a Austrália, o conselho é simples: se deparou com um ornitorrinco que parece ferido? Tire fotos ou grave um vídeo e contate imediatamente as equipes de resgate de animais selvagens.
Manter o animal isolado, sem tocá-lo, é uma recomendação enquanto se aguarda a chegada dos especialistas.
Impacto do envenenamento
Forward descreve sua experiência como agonizante: “Foi como se alguém tivesse esfaqueado [minha mão] com uma faca”.
Ela comparou a sensação como “definitivamente pior que um parto“. Os médicos trataram o local do ferimento e receitaram analgésicos e antibióticos, mas mesmo após uma semana, a dor e o surto persistiram.
O veneno do ornitorrinco não se dissemina sistematicamente pelo corpo, permanecendo localizado no ponto da picada. Portanto, os procedimentos comuns à picadas de cobra, como torniquetes, não são necessários.
A APC alerta que “a dor intensa não é aliviada de modo eficaz com analgésicos convencionais, como a morfina, e só piora com a aplicação de bolsas de gelo”.
A bupivacaína é o medicamento mais eficaz nesses casos e espera-se que todos os sintomas desapareçam em algumas semanas.
Este caso serviu como um lembrete para a população local e para os turistas sobre a importância de ter conhecimento sobre a fauna nativa da Austrália e dos procedimentos corretos em situações de emergência envolvendo animais selvagens – como os ornitorrincos.
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