A Polícia Civil de São Paulo intensifica as investigações em torno de um caso que chocou muita gente: a morte de uma jovem de 19 anos após um encontro com o jogador sub-20 do Corinthians, Dimas Candido de Oliveira Filho, de 18 anos.
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Um elemento chave nesse quebra-cabeça são dois áudios do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que detalham os obstáculos encontrados pelos socorristas para acessar o local do ocorrido – o apartamento onde o jogador mora.
Dificuldades desde o primeiro momento ressoam nas gravações obtidas pela ‘CNN’, onde uma voz feminina narra a corrida contra o tempo para salvar a vítima.
“Mas, tipo assim, passa a ocorrência às 7h18, a gente saiu às 7h19 e chegamos no prédio às 7h20, entendeu? Só que aí, até a gente conseguir entrar com a viatura, abrir o portão, entrar… E paramos num local que tinha que entrar do estacionamento para ter acesso ao Bloco 3, né?”.
A proximidade do SAMU ao local do incidente, menos de dois quilômetros, parecia prometer um atendimento rápido, que foi comprometido por entraves logísticos.
Uma simulação revelou que o trajeto poderia ser concluído em meros nove minutos, não fossem as barreiras enfrentadas no condomínio onde o jogador mora.
A chegada ao hospital, documentada às 19h40, 20 minutos após o pedido de socorro, e as complicações adicionais relatadas, como a dificuldade em encontrar a torre correta e um elevador quebrado, sublinham a urgência de um protocolo mais eficiente para situações de emergência em condomínios.
“E a gente ficou lá embaixo, esperando o elevador chegar. Então, a gente acha que os prédios, os porteiros, deveriam ser melhor orientados…”, destaca o áudio.
Um novo depoimento aguarda Dimas nesta quarta-feira (7), enquanto a Secretaria de Segurança Pública assegura que as investigações estão a pleno vapor, com a promessa de esclarecer as circunstâncias dessa tragédia, mantendo detalhes resguardados para não comprometer a investigação.
O papel do SAMU, e a necessidade de uma ação coordenada com funcionários de condomínios para garantir atendimentos ágeis, foi enfatizado pela Secretaria Municipal de Saúde em resposta às preocupações levantadas pelos áudios.
Dimas “não demonstrou compaixão”, diz pai
O pai de Lívia concedeu uma entrevista ao ‘Domingo Espetacular’, da Record TV, e revelou que o jogador não demonstrou compaixão pela situação quando eles se encontraram no hospital.
“Ele falou que o pai dele comprou uma passagem e que teria que ir embora para não perder o voo. Ele queria embora de qualquer jeito, parece que queria se livrar de alguma coisa”, afirmou Rubens Matos, pai da vítima.
A jovem Lívia, de 19 anos, sofreu duas paradas cardíacas durante o socorro e mais duas no hospital, e morreu.
“Eu senti nele muita apatia, sem compaixão nenhuma, ele não estava nem um pouquinho preocupado com a minha filha”, completou Rubens.
Dimas também não compareceu ao velório de Lívia. “Ele está muito abalado, muito triste com essa situação. A gente respeita profundamente a família diante dessa fatalidade”, afirmou o advogado dele.
A linha tênue que pode definir o futuro do jovem atleta
Segundo o laudo do atestado de óbito, a causa da morte foi um sangramento intenso próximo ao útero, resultado de uma ruptura no fundo do saco de Douglas (região localizada entre a vagina e o reto). Esse detalhe, apesar de pequeno, carrega o peso de um desfecho trágico e inesperado.
O incidente ocorreu logo após um encontro íntimo entre Lívia e Dimas Cândido de Oliveira Filho, um promissor atacante sub-20 do Corinthians, na região do Tatuapé, em São Paulo.
O que deveria ser um momento de intimidade transformou-se em uma cena de emergência, com consequências fatais.
A complexidade do caso reside na incerteza sobre a origem da lesão que levou à morte de Lívia. A polícia busca entender se a laceração foi fruto de uma violência, possivelmente configurando um crime.
Segundo a médica ginecologista Albertina Duarte, “há indícios de uma penetração traumática“, o que poderia explicar a severidade do sangramento.
Alfredo Porcer, advogado da família da vítima, destaca que as circunstâncias exatas que causaram a ruptura estão sob investigação.
Ele ressalta a natureza incomum da lesão para uma relação sexual consensual, sugerindo que a verdade ainda precisa ser desvendada.
Por outro lado, Tiago Lenoir, defensor de Dimas, assegura que o atleta está colaborando com as autoridades e defende a inocência de seu cliente, enfatizando a ausência de violência ou uso de objetos no ato sexual, que ele garante ter sido consensual e protegido.
Ele argumenta com o esforço de Dimas em prestar auxílio à Lívia, uma atitude que, segundo ele, demonstra a ausência de culpa.
“Nunca se envolveu em nenhuma ocorrência policial, nunca teve nenhuma notícia de problemas fora do futebol, é um filho exemplar e amigo de todos”, diz Tiago Lenoir.
Contudo, a defesa da família de Lívia contesta essa versão dos fatos, com Porcer questionando a plausibilidade das declarações de Dimas e apontando para a gravidade das consequências de uma hemorragia não detectada a tempo.
“Da mesma forma que, nesse momento, qualquer pessoa seria leviana em acusar o jovem atleta de um crime de homicídio, nós não podemos aqui tapar os olhos e imaginar que uma jovem possa morrer dessa forma”, relatou o advogado da família, que trabalha com a hipótese de ter havido violência e/ou participação de mais pessoas.
“Quando eu cheguei lá no hospital, estava ele e mais dois amigos dele. O amigo dele estava com um dos pés sujos de sangue. Onde ele sujou esse pé de sangue?”, comenta o pai da vítima.
Um dos amigos era o empresário de Dimas, Daniel, que o acompanhou o tempo todo. O outro, menor de idade, também é jogador do Corinthians e chegou a ser ouvido pela polícia.
“Eu vi que tinha alguma coisa, quatro riscos no pescoço. Era visível como se ela tivesse levado uma pancada. A unha dela estava quebrada, como se tivesse quebrado de forma forçada”, relata Nádia Falconeres, tia da vítima, que observou os sinais estranhos no corpo.
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Últimas mensagens trocadas entre jogador e jovem que morreu são divulgadas
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