Você provavelmente ouviu falar de “A Mulher da Casa Abandonada“ nos últimos dias. A história de Margarida Bonetti se espalhou pelas redes sociais brasileiras após a divulgação de um podcast do jornal ‘Folha de S. Paulo’ – e é realmente de impressionar.
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Brasileira e integrante da elite paulistana, Margarida e o marido mantiveram a empregada em condições análogas à escravidão nos EUA por 20 anos.
Hoje, ela é uma foragida do FBI e vive escondida em um casarão abandonado em Higienópolis, bairro nobre de São Paulo.
O jornalista Chico Felitti passou seis meses apurando essa história macabra e revelou tudo o que descobriu no podcast divulgado recentemente, intitulado “A mulher da casa abandonada”.
De acordo com ele, a mulher se refugiou há 24 anos mansão, que é a mesma em que ela cresceu com a família. Entretanto, a casa se degradou com o tempo e está realmente abandonada.
Ela se apresentou aos vizinhos como “Mari” e quase nunca aparece fora da casa. Ela só sai de lá à noite e sempre com aparência maltrapilha. Quando aparece nas janelas, está sempre com o rosto coberto por um tipo de creme branco.
O motivo ninguém sabe ao certo. Algumas pessoas acreditam que seja para não ser reconhecida. Outras acham que Margarida tem algum problema de pele e o creme faz parte do tratamento.
Acontece que, desde que a história se tornou pública, muita gente tem ido até a rua Piauí do bairro Higienópolis e parado em frente à casa, na esperança de ver “a mulher da casa abandonada”, que se tornou uma espécie de lenda urbana da sociedade paulistana.
Veja um dos flagras de Margarida Bonetti na janela da casa abandonada:
Margarida e o marido, Renê Bonetti, viviam em São Paulo e se mudaram para os Estados Unidos por conta do trabalho dele, que é engenheiro e trabalhava para uma empresa que presta serviços para a NASA.
Contudo, na época, eles não se mudaram sozinhos para a terra do Tio Sam. Parentes de Margarida contrataram uma mulher para ir junto e cuidar da casa onde eles morariam lá. A questão é que a empregada passou 20 anos vivendo em um porão da casa, em condição análoga à escravidão.
Ela não recebia salário, era agredida pelo casal e não tinha acesso aos armários nem à geladeira da residência. Depois de 20 anos vivendo essa realidade, a história veio à tona e Margarida e Renê Benetti se tornaram réus de um processo nos Estados Unidos.
Foi aí que Margarida Bonetti fugiu do país, voltou ao Brasil e passou a ser considerada foragida pelo FBI. Ela foi para São Paulo e se mudou para a casa em Higienópolis, a mesma em que vive até hoje.
O marido, por sua vez, se naturalizou americano e ficou lá nos EUA. Ele foi condenado, ficou preso por 7 meses e depois de pagar uma indenização, conseguiu a liberdade.
Na época do julgamento, Renê disse que as acusações eram injustas, pois a empregada era “da família” e trabalhava menos que o casal. Segundo informações da ‘Folha de S. Paulo’, atualmente Renê ganha um salário equivalente a R$ 1 milhão.
Com a exposição do caso, uma equipe do Instituto Luisa Mell entrou no local para resgatar os dois cães que viviam na casa, abandonados. Eles não encontraram Margarida e aí ficou o questionamento: onde ela está?
O programa ‘Cidade Alerta’, da Record TV, publicou uma matéria sobre o caso na última segunda-feira (4) e disse que a Polícia Civil de São Paulo entrou na parte externa da propriedade, mas também não encontrou Margarida Bonetti.
Imagens feitas por drones que circularam a casa mostram que o imóvel está realmente abandonado. Existe muita bagunça no interior e mato com árvores sem cuidado no quintal. Algo totalmente fora de condições para uma pessoa viver.
Há quem diga que Margarida vive escondida no porão – um dos 20 cômodos que a casa possui. Após a repercussão do caso, ela pode ter fugido durante a madrugada. Alguns vizinhos acreditam que Bonetti tem filhos, que morariam perto da mãe.
Ainda de acordo com informações do ‘Cidade Alerta’, a Polícia Civil já solicitou uma autorização à Justiça para poder entrar na propriedade e, finalmente, colocar um fim ao caso macabro.
Por que o FBI não prende a mulher da casa abandonada?
Mesmo sabendo onde a mulher da casa abandonada está, a polícia norte-americana não pode prendê-la. O motivo? Apenas autoridades brasileiras têm jurisdição para executar a lei penal no Brasil. Qualquer ação para sua captura seria uma violação da soberania.
“A intervenção de autoridades estrangeiras respeita uma série de acordos internacionais, condicionados também às leis nacionais. Nesse raciocínio, qualquer ‘intervenção’ de autoridade estrangeira depende de colaboração com o Poder Judiciário brasileiro“, explicou Alexys Campos, advogado de direito penal, em entrevista ao ‘R7’.
Ainda de acordo com o especialista, a Constituição brasileira impede que a Justiça do país extradite brasileiros natos. Sendo assim, mesmo que os EUA façam pedidos formais de extradição para que possam executar a pena no exterior, esses pedidos costumam ser negados.
Segundo o advogado, “a alternativa seria pedir ao Brasil que entregue a acusada para cumprir a pena, já que a extradição é vedada pela Constituição.”
É simples, como o crime de Margarida não foi cometido no Brasil, ela também não pode ficar detida no país.
“O crime foi cometido em território americano. O trabalho análogo à escravidão foi tipificado nos Estados Unidos, então, pelo princípio da territorialidade, a reclusão deveria ocorrer lá“, disse o advogado trabalhista Sólon Cunha, ao ‘R7’.
Uma possibilidade seria uma nova ação penal, iniciar um processo do zero aqui no Brasil.
“Nessa situação, mesmo que a infração tenha sido cometida no estrangeiro, estaria sujeita à aplicação da lei brasileira com possibilidade de execução da lei penal”, diz Campos.
O fato é que existem detalhes que a justiça brasileira não tem acesso aqui. Além de que condição análoga à escravidão é caracterizada como crime na lei penal do Brasil. Mas não há uma lei específica que trate do tema na legislação trabalhista.
Resta aguardar os próximos capítulos dessa história bizarra que deixou muita gente de cabelo em pé…
Confira a publicação do Instituto Luisa Mell, que resgatou cachorros na casa:
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