Por meio de boletim médico, o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) confirmou que uma estudante de 14 anos, identificada como I.M.S., ficou paraplégica após ser vítima de disparos de arma de fogo, feitos por um colega no Colégio Goyases, onde estuda, em Goiânia, na última sexta-feira (20).
Segundo o texto, divulgado pela assessoria do hospital, a adolescente sofreu uma lesão na medula e perdeu o movimento das pernas. “A adolescente apresenta uma lesão na medula espinhal, no nível da 10ª vértebra da coluna torácica, que comprometeu os movimentos dos membros inferiores de forma definitiva. A paraplegia já havia sido diagnosticada no dia de sua admissão”, diz o texto.
A adolescente segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com estado de saúde regular. Ela está “orientada, consciente e respirando sem ajuda de aparelhos”, segundo o hospital. Outras duas vítimas também estão internadas – uma está em estado regular, enquanto a outra não teve boletim médico divulgado.
Seis estudantes foram atingidos pelos disparos de arma de fogo. Além das três estudantes mencionadas anteriormente, os projéteis também atingiram um aluno, que já recebeu alta, e dois adolescentes que faleceram no local – João Pedro Calembo e João Vitor Gomes, ambos de 13 anos.
Jovem ‘pediu pernas de volta’ aos médicos
Durante um culto realizado em homenagem às vítimas do atentado, na última terça-feira (24), a mãe da adolescente que ficou paraplégica disse que a filha chegou a pedir “as pernas de volta” para os médicos. A mãe afirmou que ainda tem fé na recuperação da jovem.
“Ela me disse: ‘Mamãe, morri e parecia que estava em um sonho e acordei de novo. Fala para os médicos que quero minhas pernas de volta’. Acredito, creio que Deus vai recuperar a medula da minha filha, sei que Deus faz o impossível, mas também sei que minha dor não é maior do que a de quem perdeu os filhos”, disse a mãe, conforme reportado pelo G1.
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