A autora da novela ‘Amor de Mãe’, Manuela Dias, mudou completamente de opinião e decidiu por uma grande virada na trama de seu folhetim. Contrariando a ideia inicial de que “o vilão é a vida”, como ela mesma definiu, Thelma está prestes a se tornar uma grande vilã, aos moldes mais tradicionais: maligna e psicopata.
“Esse é um princípio da dramaturgia da novela. Ela não tem vilão. Gosto de personagens pluridimensionais. É difícil você dizer que os personagens desta novela são totalmente bons ou totalmente maus. Não tem nenhum. Todos têm nuances, tem complexidades”, disse Manuela Dias ao portal ‘Uol’ em novembro de 2019.
Após mais de 100 capítulos e a pausa nas gravações graças à pandemia do coronavírus, a novela entrará em hiato com esse ponto de virada que promete deixar o público com o coração na mão. Neste sábado (21), no último capítulo antes do fim da chamada “primeira fase”, a personagem de Adriana Esteves já começará a mostrar suas garras.
Apesar de Thelma já ter apresentado inúmeros comportamentos duvidosos, o prometido “nascimento da vilã” acontecerá com o atropelamento de Rita – a mãe biológica de Camila. Com isso, o público deverá aguardar ansiosamente pelos próximos passos da trama, cujas gravações estão suspensas por tempo indeterminado.
“Normalmente vemos uma vilã durante toda a novela e no final ela se humaniza. Com Thelma estamos vendo o nascimento da vilã”, disse a autora em entrevista ao portal ‘Gshow’.
Manuela afirmou, ainda, que tudo o que Thelma passou até agora na novela é responsável por fazê-la se tornar cada vez mais má. “A trajetória dela a está empurrando para um precipício que ela, apesar de ver se aproximar, não consegue evitar”, afirma.
“Quando se vê encurralada pela possibilidade de perder seu bem maior [o filho Danilo], Thelma começa a se transformar em uma vilã, no sentido de se importar tanto com suas próprias perdas e medos que ela se torna capaz de fazer qualquer coisa. Ela vai perdendo os freios sociais e afetivos que fazem com que nos importemos com os outros”, afirmou Manuela Dias.
Para Adriana Esteves, como é de se esperar, o papel deverá cair bem. A atriz é consagrada nas telas da TV brasileira graças às icônicas personagens que interpretou na emissora ao longo dos anos, com destaque para as grandes vilãs e anti-heroínas.
Carminha, de ‘Avenida Brasil’ (2012), é um dos exemplos de vilã que ficou marcada no imaginário popular do brasileiro. A parceria com João Emanuel Carneiro se repetiu em 2018, com a também vilã Laureta, de ‘Segundo Sol’.
As mocinhas “às avessas” de ‘O Cravo e a Rosa’ (Catarina, em 2000) e ‘Coração de Estudante’ (Amelinha, em 2002), são outros papeis inesquecíveis da atriz.
A partir da próxima segunda-feira (23), a TV Globo passa a exibir, na faixa das nove, uma reprise do sucesso ‘Fina Estampa’, com Lilía Cabral e Christiane Torloni.
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