Um estudante de 12 anos planejou e executou um ataque a uma escola da cidade de Manaus (AM) nesta segunda-feira (10), resultando em três feridos: dois colegas e uma professora.
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O ataque ocorreu no Instituto Adventista de Manaus, uma instituição da rede privada. O agressor, um adolescente que não teve a identidade divulgada seguindo as novas normas de cobertura de casos como esse, admitiu que “planejava matar 5 e ferir 7 estudantes na escola”.
Ele – que sofria bullying de acordo com testemunhas – foi apreendido pela polícia com armas brancas e um coquetel molotov.
“Na turma em que houve a agressão, havia ‘muito bullying‘, inclusive por meio de aplicativos de mensagens”, disse Beatriz Souza, mãe de um aluno, em entrevista ao portal ‘Uol’.
Apesar dos ferimentos superficiais, as vítimas (que também não tiveram as identidades reveladas) já receberam atendimento médico e passam bem.
Os dois alunos, um menino e uma menina, e uma professora sofreram lesões superficiais no ombro, nas mãos e na barriga. Eles foram atendidos por profissionais do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e liberados para casa.
O adolescente que realizou o ataque tinha apenas 12 anos, se entregou e foi apreendido por volta das 12h30 desta segunda-feira (10). Ele e os familiares estão sendo ouvidos pela polícia.
“Tanto o infrator, quanto vítimas, testemunhas e pais já foram conduzidos para a delegacia, onde estão sendo ouvidos. Pode ter certeza que esse infrator terá a responsabilização na medida da punibilidade”, disse Guilherme Torres, delegado-geral adjunto da Polícia Civil, à imprensa.
A conselheira tutelar Kiky Anjos foi uma das primeiras a chegar ao local por também ser mãe de uma das alunas da escola. Em seguida, ela realizou seu trabalho e conversou com o agressor – resultando em um depoimento confessional macabro e apavorante.
Assista:
O Instituto Adventista de Manaus, escola privada onde o ataque aconteceu, lamentou o ocorrido e informou que está colaborando com as autoridades para investigar o caso. As medidas administrativas necessárias em relação ao agressor também estão sendo tomadas.
As aulas no Instituto Adventista de Manaus foram canceladas nesta terça-feira (11) após o ataque e os alunos devem retornar à escola na quarta (12).
Diante desse cenário de violência nas escolas, a secretária de Educação do Amazonas, Kuka Chaves, fez um apelo para que as famílias se engajem na prevenção de ocorrências desse tipo, monitorando a movimentação dos filhos nas redes sociais e observando mudanças de comportamento em casa.
“Somente juntos podemos avançar nessa problemática que tem atingido não apenas o nosso Estado, ou o País, mas se transformou em uma questão de atenção mundial”, afirmou Kuka Chaves em comunicado.
Veja o comunicado da escola nas redes sociais:
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Goiás: outra escola atacada
Já na manhã desta terça-feira (11), por volta das 8h, um adolescente de 13 anos entrou armado com uma faca no Colégio Estadual Dr. Marco Auréli, em Santa Tereza de Goiás, e feriu três alunas. Ele ainda tentou machucar uma professora, que conseguiu fugir e se esconder.
“Foi um momento de muito desespero e medo”, relatou uma das estudantes que presenciou o ataque.
A equipe do colégio agiu rapidamente e conseguiu conter o agressor, que é estudante do colégio e foi apreendido pela Polícia Militar de Goiás. As três alunas feridas foram levadas para o Hospital Municipal Tarciso Liberte e estão fora de perigo.
O pai de uma delas disse que a filha teve ferimentos nas costas, rosto e mão.
A Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc-GO) informou que os professores seguiram um protocolo para atos de violência em escolas, criado em 2019. O autor foi contido por um auxiliar de serviços gerais.
“Esse protocolo foi fundamental para que a situação não se agravasse ainda mais”, afirmou o secretário da pasta.
Em nota, o Governo de Goiás afirmou que “o aluno que promoveu o ataque não tem histórico de violência junto à comunidade escolar”.
A Secretaria Municipal de Saúde de Santa Tereza decidiu suspender as aulas de todas as escolas da cidade até sexta-feira (14).
“A suspensão das aulas é uma medida preventiva para garantir a segurança de todos os estudantes e funcionários das escolas”, explicou o secretário de saúde.
Infelizmente, os ataques são apenas mais dois episódios de violência nas escolas brasileiras.
Em resposta a esses acontecimentos, o governo do Amazonas anunciou a criação de um Comitê Interministerial de Segurança para monitorar as Escolas Estaduais e compartilhar informações com as redes Municipal e Privada.
Além de monitorar a segurança das escolas, o governo também pretende oferecer apoio psicológico e psiquiátrico aos estudantes e funcionários e promover atividades educacionais e pedagógicas para inibir comportamentos transgressores dentro das escolas, como bullying, ciberbullying, racismo e uso e tráfico de drogas.
“Avançaremos em políticas voltadas para combater a violência nas escolas, a fim de que atos como este não voltem mais a acontecer, nem a fazer mais vítimas nas unidades de ensino no nosso país”, afirmou Kuka Chaves.
A violência nas escolas é um problema que afeta não apenas o Brasil, mas o mundo todo. É importante que a sociedade se mobilize para prevenir e combater esse tipo de violência, e que as autoridades trabalhem para garantir a segurança e o bem-estar dos estudantes e professores.
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