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Ataques a mesquitas matam dezenas na Nova Zelândia e tudo é transmitido na web

Quatro suspeitos foram detidos, entre eles, um homem que alega ser autor das ações e que publicou um manifesto anti-imigração na internet explicando motivações

Ao menos 49 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas durante ataques a duas mesquitas na cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, nesta sexta-feira (15). A polícia afirmou que mantém quatro pessoas sob custódia acusadas de envolvimento nas ações.

“Quatro pessoas estão sob custódia, três homens e uma mulher”, disse o comissário Mike Bush, acrescentando que foram encontrados “dispositivos explosivos nos veículos utilizados pelos suspeitos”. Segundo ele, o Exército conseguiu desarmar as bombas.

As motivações do crime ainda não foram esclarecidas. As mesquitas atacadas são Masjid Al Noor, no centro da cidade, e Linwood, localizada a cerca de 5 km da primeira, segundo a polícia.

O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, confirmou que entre os detidos há um cidadão australiano. Além disso, um homem que assumiu a autoria dos atentados escreveu um manifesto anti-imigração de 74 páginas na internet no qual explicava as suas motivações. Parte dos ataques foi transmitida ao vivo em uma rede social por ele.

No manifesto, ele se identifica como um australiano de 28 anos branco e nacionalista. A publicação do suspeito incluía um link para o perfil no Facebook de um suposto atirador, no qual ele dizia que transmitiria o ataque ao vivo na rede social.

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A polícia afirmou ainda que não procura outros suspeitos. Um homem de cerca de 20 anos foi acusado de assassinato e se apresentará ao tribunal no sábado.

As autoridades locais não informaram as identidades dos detidos. De acordo com a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, todos eles têm visão extremista, mas não eram vigiados pela polícia. Ela afirmou que o nível de ameaça à segurança nacional foi elevado para o segundo nível mais alto.

A polícia advertiu a população a evitar as mesquitas em todo o país. Um enorme cordão policial foi formado para isolar parte de Christchurch, cidade da Ilha do Sul da Nova Zelândia. Mike Bush afirmou que todas as escolas da cidade estão fechadas e a polícia pediu “às pessoas no centro que evitem permanecer nas ruas e informem qualquer comportamento suspeito”.

Segundo o jornal Washington Post, parte dos ataques foi transmitida ao vivo em uma rede social por um homem que escreveu na internet um manifesto de 74 páginas contra muçulmanos e imigrantes. No documento, ele – que alega ser autor dos ataques – diz que seguia o exemplo de extremistas como o supremacista branco Dylann Roof, que matou nove fiéis negros em uma igreja em Charleston, no Estado americano da Carolina do Sul, em 2015.

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