Um relatório sul-coreano divulgado na última quinta-feira (30) denuncia violações dos direitos humanos na Coreia do Norte – país socialista liderado pelo ditador Kim Jong-un desde 2011.
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Essa denúncia inclui execução de crianças e gestantes, experimentos humanos e esterilização forçada de mulheres portadoras de nanismo, entre muitas outras atrocidades.
Segundo o documento, a ditadura norte-coreana também executou cidadãos por orientação sexual, questões religiosas e tentativas de fuga do país.
Outros abusos relatados no país liderado por Kim Jong-un envolvem escravidão e tortura, conforme o jornal britânico ‘Daily Mirror’.
Este relatório foi criado pelo Ministério da Unificação – órgão do governo sul-coreano, que tem como objetivo trabalhar em prol da reunificação da Coreia.
Integrantes deste Ministério da Unificação são obrigados por lei a fazerem uma avaliação anual da situação dos direitos humanos no Norte. Esta foi a primeira vez que o relatório se tornou público para todo o mundo.
O relatório de 450 páginas fundamenta-se nos depoimentos de mais de 500 norte-coreanos que escaparam de seu país natal, com dados coletados entre os anos de 2017 e 2022.
Testemunhos indicam que, em 2015, o regime obrigou enfermeiras a elaborar “uma lista de anãs norte-coreanas“ e realizou histerectomias (cirurgia de retirada do útero) para impedir a procriação.
Este documento também menciona a execução de uma gestante após um vídeo em que ela dançava em casa, apontando para um retrato de Kim Il-sung.
Foto: Canva
Relatos alarmantes e desumanos apontam a execução de seis adolescentes acusados de assistir a vídeos da Coreia do Sul e fumar ópio.
Além disso, o regime teria realizado experimentos humanos em funcionários do Ministério da Previdência, chantageando suas famílias para que permitissem que os parentes se tornassem cobaias.
Aqueles que se recusam enfrentam ameaças de serem enviados a campos de prisioneiros.
A Coreia do Norte nega as acusações e as considera parte de uma conspiração para derrubar seus líderes.
Apesar de as conclusões do relatório sul-coreano não poderem ser verificadas independentemente, estão em consonância com investigações da ONU (Organização das Nações Unidas) e relatórios de organizações não-governamentais.
“O direito à vida dos cidadãos norte-coreanos parece estar muito ameaçado. As execuções são amplamente realizadas por atos que não justificam a pena de morte, incluindo crimes de drogas, distribuição de vídeos sul-coreanos e atividades religiosas e supersticiosas”, disse o ministério no relatório.
Qual é o papel da Coreia do Sul nessa realidade?
A divulgação do relatório sobre as violações dos direitos humanos na Coreia do Norte ocorre em um momento em que a Coreia do Sul busca enfatizar a incapacidade do país vizinho em melhorar as condições de vida de sua população, enquanto aumenta seus arsenais nucleares e de mísseis.
Desde 2018, governantes sul-coreanos têm compilado relatórios anuais sobre os supostos abusos cometidos pela Coreia do Norte, após a promulgação das Leis de Direitos Humanos da Coreia do Norte em 2016.
O governo anterior da Coreia do Sul, liderado pelo liberal Moon Jae-in, optou por não divulgar as informações coletadas, a fim de proteger a identidade dos desertores norte-coreanos que testemunharam e buscar melhorar as relações com o líder norte-coreano.
Já o atual presidente sul-coreano, o conservador Yoon Suk Yeol, manifestou a intenção do governo de “revelar completamente as terríveis violações dos direitos humanos“ na Coreia do Norte e, assim, informar adequadamente a comunidade internacional sobre a situação no país.
Ele ressaltou que o regime ditatorial não merece “nem um centavo“ de assistência econômica enquanto continua perseguindo suas ambições nucleares.
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Nem os cabelos da população estão livres da ditadura na Coreia do Norte
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