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Bispo acusado de desvios de dízimo deixa prisão e é recebido com aplausos

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) concedeu o habeas corpus, acatando ao pedido da defesa

Após quase um mês de detenção, sorrisos e liberdade ao som de cânticos religiosos. O bispo de Formosa, dom José Ronaldo Ribeiro, e outros seis presos durante a Operação Caifás, deflagrada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado no mês de março, deixaram a cadeia na noite de terça-feira (17). Por unanimidade, a Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) concedeu o habeas corpus, acatando ao pedido da defesa. Eles integrariam organização suspeita de desviar R$ 2 milhões.

Imagens divulgadas pela TV Anhanguera mostram que a chegada do oficial de Justiça com o alvará de soltura, por volta das 19 horas, ao presídio de Formosa, foi acompanhada por parentes e amigos dos acusados, que comemoraram a soltura com palmas. Sorridente, dom José Ronaldo esboçou uma bênção aos presentes, mas ao deixar o local não quis dar declarações sobre o caso aos jornalistas. A diocese ainda não se pronunciou.

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Além de dom Ronaldo, também foram soltos o monsenhor Epitácio Cardozo Pereira, os padres Mário Vieira de Brito, Walterson José de Melo e Moacir Santana, e os empresários Antônio Rubens Ferreira e Pedro Henrique Costa, apontados como laranjas do esquema. O juiz eclesiástico Thiago Wenceslau de Barros permanece preso, pois, segundo seu advogado, o pedido dele ainda não foi analisado pela Justiça. A expectativa é de decisão favorável.

A Justiça exige, no entanto, o cumprimento de uma série de medidas cautelares. São elas: proibição de se ausentar da comarca e do País sem autorização da Justiça; comparecimento mensal ao juízo para informar e justificar atividades; obrigação de comparecerem a todos os atos judiciais para os quais forem intimados; obrigação de informar mudança de endereço e recolhimento domiciliar a partir das 22 horas.

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As investigações da Operação Caifás culminaram na prisão do grupo no dia 19 de março. Os religiosos são suspeitos de integrar uma organização criminosa acusada de desviar mais de R$ 2 milhões da Igreja Católica. Além do dízimo, a investigação apontou que o grupo se apropriava de dinheiro oriundo de doações, arrecadações de festas realizadas por fiéis e taxas de eventos como batismos e casamentos. Com o dinheiro, eles teriam comprado uma fazenda de gado, carros de luxo e até mesmo uma agência lotérica.

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