A Bombril se meteu em uma baita polêmica ao anunciar seu mais novo lançamento: uma esponja de aço com o nome de “Krespinha”. O título do produto remete a uma associação pejorativa ao cabelo crespo. Por isso, a marca vem sofrendo uma campanha de boicote e sendo acusada de racismo.
A hashtag #BombrilRacista se tornou um dos assuntos mais comentados das redes sociais na manhã desta quarta-feira (17).
“Em pleno 2020 e vocês perpetuando racismo? Não adianta usar a imagem de pessoas negras para capitalizar e perpetuar racismo. Vocês devem muito mais que um pedido de desculpa”, escreveu uma pessoa no Facebook.
“Quem é o gênio do marketing que aprovou essa esponja chamada Krespinha??? Se liguem no momento. Trazer de volta em 2020 um produto de limpeza com o nome que é usado pra ofender pessoas negras é um tiro no pé. Vocês querem obrigar as próprias mulheres negras que são majoritariamente a força da limpeza a trabalhar com um produto que as ridiculariza. Que sadismo!!”, comentou outro.
No site oficial da empresa, a esponja é definida como “perfeita para a limpeza pesada”, sendo utilizada para a remoção de sujeiras e gorduras “de um jeito rápido e eficaz, sem esforço”.
Até o momento, a marca não se pronunciou oficialmente sobre a polêmica.
Curiosamente, na década de 1950, um produto com o mesmo nome foi lançado no mercado por uma empresa já extinta. Uma divulgação de jornal de 1952 foi resgatada por internautas.
A imagem mostra o desenho de uma menina negra, personificando a esponja na figura da criança. Confira:
A genialidade racista em uma imagem:
– trocar C por K
– "a queridinha do Rio agora em SP"
– a bucha se colocando às ordens
– a personificação da bucha como uma pessoa negra
– a infantilização do cabelo (não é crespa, é "krespinha") pic.twitter.com/nOa36j9OHZ— PASSA (@apassarelli) June 17, 2020
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