A Justiça espanhola condenou o brasileiro François Patrick Nogueira Gouveia a três penas de prisão perpétua pelos assassinatos de seu tia, tio e dois primos mais novos. Um júri em Guadalajara, perto de Madri, considerou Patrick culpado de homicídio premeditado dos quatro no início deste mês. O juiz anunciou a sentença nesta quinta-feira (15), dizendo que a pena máxima pode ser revista após 25 anos.
Patrick está detido desde 2016, quando se entregou às autoridades e confessou ter assassinado e esquartejado os tios Janaína Américo, de 40 anos; Marcos Campos Nogueira, de 39; e os filhos do casal, de 1 e 4 anos de idade. Nogueira tinha 19 anos
Nogueira confessou os crimes, mas argumentou que estava mentalmente perturbado e sofria de alcoolismo.
O juiz disse em uma declaração escrita que ela deu a Nogueira uma sentença de prisão perpétua para cada criança morta porque ele demonstrou uma crueldade excepcional. Ambos testemunharam o assassinato da mãe.
O brasileiro recebeu uma sentença de 25 anos de prisão pelo assassinato de sua tia, que é a duração habitual, mais uma sentença de prisão perpétua pelo assassinato de seu tio, porque ele era um segundo adulto morto no caso, que segundo a lei espanhola é aplicável, e uma sentença de prisão perpétua pelas mortes dos primos.
A corte descobriu que a ausência de ferimentos defensivos nos dois adultos indica que Nogueira os atacou sem aviso prévio, com uma faca que havia comprado vários dias antes.
O juiz rejeitou o argumento de Nogueira de que ele não era mentalmente são, e os promotores do caso o descreveram como um psicopata.
O crime
Patrick Nogueira chegou à casa onde seus tios viviam em Pioz, cidade perto de Guadalajara, em 17 de Agosto de 2016, com pizzas e uma mochila, na qual continha um facão, luvas, sacos de lixo e fita lacre.
Ele comeu acompanhado de sua tia Janaína e, quando ela estava na cozinha lavando a louça, matou-a dando-lhe dois cortes no pescoço com o facão. Ele fez isso na presença dos primos, María Carolina, de 3 anos e 10 meses, e Davi, de um ano e meio, que também foram mortos com facadas no pescoço.
Enquanto cometia os crimes, ele trocava mensagens por Whatsapp com um amigo brasileiro, Marvin Henriques, investigado por suposta cumplicidade.
Finalmente, ele esperou a chegada do tio, que foi surpreendido com 14 golpes de faca no pescoço. Ele chegou a esquartejar os corpos e colocar em um saco de lixo, mas o caso foi descoberto um mês depois por causa do cheiro que emanava da casa.
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