O famoso influenciador digital Carlinhos Maia caiu em um golpe, juntamente com outros influencers, ao divulgar e sortear celulares de quatro lojas de Maceió (AL) e Goiânia (GO). Os proprietários dos estabelecimentos foram presos, na última terça-feira (9), em uma operação do Ministério Público de Alagoas.
Além de Carlinhos, os influenciadores Kel Ferreti, Diogo Moreira e Gabriela Sales, a Rica de Marré, foram vítimas do esquema das lojas, que compravam os aparelhos e vendiam sem nota fiscal. A comercialização era feita em lojas físicas e também pelas redes sociais. Eles pagaram os influenciadores para divulgar e sortear celulares.
Os influenciadores não serão investigados pelo Ministério Público (MP) de Alagoas, nem pela Polícia Civil, porque eles foram usados pela organização criminosa apenas para divulgar as lojas.
O delegado Thiago Prado, da seção de crimes cibernéticos da Deic (Divisão Especial de Investigação e Capturas) da Polícia Civil de Alagoas, falou ao portal ‘Uol’ sobre o perigo do delito de receptação. “As pessoas devem ter cuidado para verificar a origem do produto recebido para não vir a responder criminalmente. Se receber algo de origem ilícita poderá responder pelo delito de receptação e terá de fazer devolução do objeto a polícia”, disse.
A operação, chamada ‘Fruto Proibido’, prendeu 16 pessoas em Alagoas, Goiás e São Paulo, suspeitas de sonegar mais de R$ 10 milhões em impostos. O Ministério Público aguarda a finalização do inquérito para apresentar denúncia à Justiça.
O grupo pode responder por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, organização criminosa e armazenamento e liberação ilegal de mercadorias. Diversos aparelhos celulares da marca Apple, além de outros eletrônicos, foram apreendidos durante a operação, que visa combater a sonegação fiscal. Agora, os eletrônicos devem ir a leilão.
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