Após quase dois meses de investigação, a polícia decidiu, na tarde de segunda-feira (29), não indiciar o jogador Neymar pelos crimes de estupro e agressão supostamente cometidos contra Najila Trindade.
O inquérito policial foi concluído pela delegada Juliana Lopes Bussacos, titular da 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, de São Paulo. Apesar da decisão, o caso ainda não chegou ao fim. Entenda quais os próximos passos.
O relatório da delegada sobre o caso deve ser analisado pelo Ministério Público (MP), que terá até 15 dias para se manifestar e decidir quais providências serão tomadas no caso Neymar: se pede o arquivamento do inquérito ou solicita novas diligências.
Caso a Promotoria do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid), que é responsável pela análise, conclua que não houve violência sexual, o arquivamento das investigações pode ser pedido. A outra opção é devolver a investigação à Polícia Civil, a fim de apurar quaisquer dúvidas restantes sobre o caso.
Apesar do prazo de duas semanas, espera-se que o posicionamento possa ser divulgado antes, já que as duas promotoras acompanharam as etapas do trabalho de investigação da Polícia Civil.
Ambas podem decidir anexar novos elementos ao inquérito, como, por exemplo, as imagens do hotel em que Najila ficou hospedada na viagem a Paris (França), onde teria ocorrido o estupro e a agressão, além do relatório médico do ginecologista da modelo, que não foi incluído pela polícia.
Na sequência, a decisão cabe a um juiz, que pode acatar ou rejeitar o posicionamento da promotoria. Caso ele discorde, o inquérito é encaminhado ao chefe do Ministério Público de São Paulo, o procurador-geral. Ele tem a palavra final.
Neymar pode processar Najila?
Caso fique estabelecido que não houve crime de estupro, Neymar poderá, sim, entrar com processo por falsa comunicação de crime.
No entanto, a legislação prevê que a ação depende de iniciativa da vítima, que neste caso seria o jogador, que deveria prestar queixa contra Najila para iniciar o inquérito.
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