O caso da enfermeira Edmara Silva de Abreu, de 42 anos, que morreu no último dia 3 de fevereiro, após ter uma hepatite fulminante possivelmente desencadeada pela ingestão de um “Chá de Ervas Emagrecedor“ chamou a atenção de muita gente.
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Nesta segunda-feira (7), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se pronunciou informando que a venda do chá em questão já era proibida no Brasil desde 2020.
O órgão alertou a população sobre o perigo de fazer uso de substâncias que se dizem milagrosas e não têm sequer aprovação para serem comercializadas.
Edmara Silva de Abreu precisou de um transplante de fígado após ter um quadro de hepatite fulminante, o organismo dela rejeitou o transplante feito no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – e ela acabou morrendo.
Médicos que atuaram no caso da enfermeira também fizeram alerta sobre produtos que prometam fazer um ‘detox’ ou ‘desinchar’ o organismo.
Segundo a Anvisa, os produtos do ’50 Ervas Emagrecedor’ estão proibidos no Brasil desde 2020, por não estarem regularizados como medicamentos.
Portanto, o órgão proíbe a comercialização, a distribuição, a fabricação, a propaganda e o uso do produto e determina sua apreensão e inutilização. Logo, a venda desse “Chá Emagrecedor” é uma atividade “clandestina” no Brasil.
Chá de ervas emagrecedor?
Por meio de nota enviada à imprensa, a Anvisa destacou que o chá “50 Ervas Emagrecedor” não pode ser classificado como alimento ou suplemento alimentar, pois “contém ingredientes que não são autorizados para o uso em alimentos”.
A entidade ainda acrescentou: “Entre esses componentes estão o chapéu-de-couro, cavalinha, douradinha, salsaparrilha, carobinha, sene, dente-de-leão, pau-ferro e centella asiática“.
Ainda segundo a Anvisa, qualquer produto com propriedades terapêuticas só pode ser vendido no Brasil em farmácias ou drogarias, por serem considerados medicamentos.
“Desconfie de produtos com promessas milagrosas, que prometem emagrecimento fácil ou qualquer outro tipo de ação de tratamento, cura ou prevenção de doenças. Todo produto com ação terapêutica precisa estar regularizado na Anvisa como medicamento”, concluiu a agência em nota.
Médica faz alerta
Após a morte de Edmara, a médica Liliana Ducatti, do departamento de gastroenterologia da Divisão de Transplantes de Órgãos do Aparelho Digestivo do HC, fez um alerta nas redes sociais.
Ela declarou que quadros de hepatite fulminante ocorrem em pessoas previamente saudáveis e são dramáticos.
“Desenvolve uma falência aguda do fígado que precisa transplantar urgente, porque, se não transplantar, evolui a óbito em questão de 24h, 48h, 72h”, explicou dra. Liliana.
De acordo com ela, “na grande maioria das vezes (a causa da hepatite fulminante) é medicamentosa“.
No caso da enfermeira Edmara, a médica disse que questionou a família se ela havia tomado algum medicamento desses conhecidos e eles informaram que não. Contudo, depois levaram um pote de cápsulas do “Chá Emagrecedor”.
“Quando olhamos o rótulo dessa ‘medicação’ pudemos identificar várias ervas que são conhecidas por serem hepatotóxicas“, afirmou a médica. “Dentre elas, a mais comum, o chá verde”, acrescentou.
Segundo Liliana Ducatti, os casos de hepatite desencadeados são tão graves que “muitas vezes a pessoa não consegue nem chegar a um transplante de fígado“.
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