Um novo procedimento tem caído nas graças das brasileiras que desejam ter um corpo sarado e dentro do padrão. É o chamado “chip da beleza“, que promete a troca da gordura por músculos, deixando o corpo magro, firme e definido – sonho de muitas mulheres.
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Trata-se de um implante hormonal ainda sem evidência científica que, além de um corpo perfeito, garante interromper a menstruação e acabar com o mal-estar da TPM.
O dispositivo chega aos consultórios médicos por um preço baixo, mas que é vendido às pacientes por valores altíssimos. Afinal, segundo dizem por aí, traz inúmeros benefícios ao corpo e aumenta até a libido da mulher, melhorando sua disposição para tudo.
O tal chip é instalado sob a pele, geralmente da barriga ou do glúteo, e libera hormônios, como a gestrinona e a testosterona. Resultado? Seca a barriga da paciente e lhe proporciona, finalmente, o corpo que ela sempre quis.
Entretanto, como nem tudo são flores, a sociedade médica brasileira tem discutido sobre o “chip da beleza” e a falta de evidência científica é um sério fator de alerta para as mulheres que desejam aderir ao perigoso implante hormonal.
Segundo a jornalista e colunista do ‘Uol’, Lúcia Helena, a lista de efeitos adversos é longa:
“Acne, queda de cabelos e calvície, voz grossa, abcessos, um clitóris aumentado em até quatro vezes, infertilidade, alterações preocupantes nas glândulas mamárias, doença cardiovascular e danos ao fígado que podem levar à morte“, especifica ela.
Essas informações foram divulgadas pelo endocrinologista Alexandre Hohl, professor da Universidade Federal de Santa Catarina durante o Curso Avançado de Endocrinologia Feminina e Andrologia (CAEFA), organizado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
Chip da beleza: faltam evidências científicas
Conforme os especialistas afirmam, o “chip da beleza” tem ação anabolizante, ou seja, estimula o desenvolvimento de alguns tecidos do corpo a partir do crescimento da célula e sua posterior divisão.
Um dos hormônios existentes no chip, a gestrinona, é considerada anabolizante no mundo todo, menos no Brasil.
“A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) rechaça veementemente o uso da gestrinona como anabolizante para fins estéticos e de aumento de desempenho físico“, diz comunicado publicado pelo ‘G1’.
“Os relatos de efeitos adversos associados ao uso de implantes de gestrinona e outros hormônios androgênicos em mulheres aumentam a cada dia: acne, aumento de oleosidade de pele, queda de cabelo, aumento de pelos, mudança de timbre da voz, clitoromegalia (aumento do clitóris)”, afirma a SBEM.
A ginecologista Gabriela Pravatta Rezende afirmou, em entrevista ao ‘G1’, que a substância já foi usada para o tratamento de doenças, mas atualmente nem isso é feito mais.
“Não há nenhuma indicação formal para implante de gestrinona, para nenhuma doença. Antigamente usávamos a gestrinona via oral em algumas doenças, como a endometriose, mas isso já caiu por terra. Não usamos nem via oral e nem por outras vias, devido aos efeitos colaterais“, explica a médica.
“Há também o risco da paciente adquirir efeitos colaterais irreversíveis, como o aumento do clitóris e alteração na voz. São efeitos mais raros, mas podem acontecer, principalmente se a quantidade de hormônio for muito grande“, explica a ginecologista Ana Lúcia Beltrame, ao ‘G1’.
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