A atriz Claudia Rodrigues recebeu alta do hospital no último sábado (19). Ela estava internada desde o último dia 13, após ter passado mal por ter entrado em um processo de degeneração – sintoma da esclerose múltipla que leva à atrofia ou perda de massa cerebral.
Para tranquilizar os fãs, Claudia Rodrigues publicou um vídeo em sua conta oficial do Instagram. Com muito bom humor, ela falou sobre ter perdido massa encefálica, mas garantiu que está bem e que o tratamento seguirá normalmente. Além disso, ela anunciou uma novidade: viajará para a cidade de Curitiba, no Paraná, para inaugurar seu próprio teatro.
“Oi, gente! Vim aqui pra dizer pra vocês que meu cérebro era tão grande, que diminuiu! E aí encaixou. E eu estou de alta! Já já eu quero a presença de vocês quando eu estarei lá em Curitiba inaugurando o meu teatro. Não esqueçam! Um beijo pra vocês todos e ‘eu vou beijar muuuuuuito’ a todos vocês”, disse ela, referenciando a um de seus bordões mais famosos no auge da carreira.
“Estou indo pra casa! Quando chegar meu remédio dos EUA, eu volto para tomar a primeira dose. Tenham fé, tudo vai dar certo! Continuem orando por nós! Gratidão”, escreveu a humorista na legenda.
Confira o vídeo:
Na quinta-feira (17), a empresária de Claudia, Adriane Bonato, concedeu entrevista ao programa ‘TV Fama’, da RedeTV!. Na ocasião, ela explicou um pouco sobre o processo de degeneração do cérebro da humorista.
“As lesões dela são muito profundas e não regeneram [por ter demorado muito tempo para descobrir a doença]. Ela tem buracos no cérebro, como todos os pacientes de esclerose têm. Não existe uma cura para a esclerose. Até o momento foi constatado nos exames que a progressão da doença começou e atacou na parte cerebral. Ela tinha 176 metros cúbicos de cérebro, hoje ela tem 140 metros cúbicos”, revelou.
A artista foi diagnosticada, há 19 anos, com esclerose múltipla, doença crônica que compromete o funcionamento do sistema nervoso. Desde o diagnóstico, a humorista já foi internadas inúmeras vezes. A última havia sido em abril deste ano, quando ela passou pela UTI e ficou nove dias internada.
A esclerose múltipla
A doença que acomete Claudia Rodrigues não tem cura e é autoimune – isso significa que as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões e inflamações cerebrais e medulares.
A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem) estima que, atualmente, 35 mil brasileiros tenham a doença. Os pacientes são geralmente jovens – em especial, mulheres de 20 a 40 anos. Os sintomas incluem fadiga intensa, depressão, fraqueza muscular, dores articulares, disfunção intestinal e da bexiga, alteração no desejo sexual e também na coordenação motora.
No mundo, a Federação Internacional de Esclerose Múltipla estima que pouco mais de 2 milhões de pessoas sejam portadores da doença.
A esclerose múltipla, geralmente, aparece de forma lenta. A pessoa pode passar 2 ou 3 anos apresentando leves sintomas, como pequenas turvações da visão ou alterações no controle da urina. No início, os sintomas aparecem com intervalos, o que dificulta o diagnóstico, pois os pacientes, muitas vezes, não acreditam que seja necessário investigar o que está acontecendo.
Com a evolução do quadro, aparecem sintomas mais consistentes, como fraqueza, formigamento nas pernas ou de um lado do corpo, visão dupla ou perda visual prolongada, desequilíbrio, tremor e descontrole dos esfíncteres.
Pessoas com casos graves de esclerose múltipla podem perder a capacidade de andar ou falar claramente. Os tratamentos que existem hoje ajudam a controlar os sintomas e reduzir a progressão da doença. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente 44 procedimentos (clínicos e de reabilitação) para a doença.
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