A atriz Claudia Rodrigues recebeu alta do hospital nesta terça-feira (17). Ela estava internada desde o último dia 3 de dezembro, após ter sentido fortes dores de cabeça. Ela lida, há 19 anos, com esclerose múltipla: uma doença crônica que compromete o funcionamento do sistema nervoso.
Desde o diagnóstico, Claudia Rodrigues já foi internada inúmeras vezes. A última ocasião havia sido em outubro deste ano, quando ela entrou em um processo de degeneração – sintoma da doença que leva à atrofia ou perda de massa cerebral.
Para tranquilizar os fãs, a humorista enviou um vídeo para os veículos de imprensa. Com muito bom humor, ela revelou que já tomou a segunda dose da medicação que tem vindo dos Estados Unidos e que o tratamento está surtindo efeito.
“Oi, gente. Tudo bem? Estou aqui para dizer que tomei a segunda dose da minha medicação, que está me fazendo bem. Está parando minha degeneração e estou de alta”, disse Claudia Rodrigues.
“Estou muito feliz e vim dividir essa felicidade com vocês. Eu desejo a vocês um feliz Natal, um próspero ano novo e ano que vem estarei de volta, e vou fazer vocês beijarem muuuuuito”, completou, referenciando a um de seus bordões mais famosos no auge da carreira.
Assista:
A esclerose múltipla
A doença que acomete Claudia Rodrigues não tem cura e é autoimune – isso significa que as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões e inflamações cerebrais e medulares.
A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem) estima que, atualmente, 35 mil brasileiros tenham a doença. Os pacientes são geralmente jovens – em especial, mulheres de 20 a 40 anos. Os sintomas incluem fadiga intensa, depressão, fraqueza muscular, dores articulares, disfunção intestinal e da bexiga, alteração no desejo sexual e também na coordenação motora.
No mundo, a Federação Internacional de Esclerose Múltipla estima que pouco mais de 2 milhões de pessoas sejam portadores da doença.
A esclerose múltipla, geralmente, aparece de forma lenta. A pessoa pode passar 2 ou 3 anos apresentando leves sintomas, como pequenas turvações da visão ou alterações no controle da urina. No início, os sintomas aparecem com intervalos, o que dificulta o diagnóstico, pois os pacientes, muitas vezes, não acreditam que seja necessário investigar o que está acontecendo.
Com a evolução do quadro, aparecem sintomas mais consistentes, como fraqueza, formigamento nas pernas ou de um lado do corpo, visão dupla ou perda visual prolongada, desequilíbrio, tremor e descontrole dos esfíncteres.
Pessoas com casos graves de esclerose múltipla podem perder a capacidade de andar ou falar claramente. Os tratamentos que existem hoje ajudam a controlar os sintomas e reduzir a progressão da doença. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente 44 procedimentos (clínicos e de reabilitação) para a doença.
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