A atriz Claudia Rodrigues, mais uma vez, passou mal e precisou ser internada às pressas em um hospital da cidade de São Paulo, no último domingo (13). A empresária da humorista, Adriane Bonato, relatou ao jornal ‘Extra’ que ela entrou em um processo de degeneração – sintoma da esclerose múltipla que leva à atrofia ou perda de massa cerebral.
“A massa encefálica teve uma diminuição considerável. Eu não consigo acreditar nisso ainda. Ela não merece. Hoje fiz uma proposta para Deus e espero que ele aceite. Pois nossa rainha tem que voltar a fazer o Brasil rir de novo”, lamentou a empresária.
Claudia Rodrigues está sendo submetida a uma bateria de exames e talvez precisará viajar para os Estados Unidos para realizar uma cirurgia. Até o momento desta publicação, a atriz não tinha previsão para deixar o hospital.
A artista foi diagnosticada, há 19 anos, com esclerose múltipla, doença crônica que compromete o funcionamento do sistema nervoso. Desde o diagnóstico, a humorista já foi internadas inúmeras vezes. A última havia sido em abril deste ano, quando ela passou pela UTI e ficou nove dias internada.
A esclerose múltipla
A doença que acomete Claudia Rodrigues não tem cura e é autoimune – isso significa que as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões e inflamações cerebrais e medulares.
A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem) estima que, atualmente, 35 mil brasileiros tenham a doença. Os pacientes são geralmente jovens – em especial, mulheres de 20 a 40 anos. Os sintomas incluem fadiga intensa, depressão, fraqueza muscular, dores articulares, disfunção intestinal e da bexiga, alteração no desejo sexual e também na coordenação motora.
No mundo, a Federação Internacional de Esclerose Múltipla estima que pouco mais de 2 milhões de pessoas sejam portadores da doença.
A esclerose múltipla, geralmente, aparece de forma lenta. A pessoa pode passar 2 ou 3 anos apresentando leves sintomas, como pequenas turvações da visão ou alterações no controle da urina. No início, os sintomas aparecem com intervalos, o que dificulta o diagnóstico, pois os pacientes, muitas vezes, não acreditam que seja necessário investigar o que está acontecendo.
Com a evolução do quadro, aparecem sintomas mais consistentes, como fraqueza, formigamento nas pernas ou de um lado do corpo, visão dupla ou perda visual prolongada, desequilíbrio, tremor e descontrole dos esfíncteres.
Pessoas com casos graves de esclerose múltipla podem perder a capacidade de andar ou falar claramente. Os tratamentos que existem hoje ajudam a controlar os sintomas e reduzir a progressão da doença. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente 44 procedimentos (clínicos e de reabilitação) para a doença.
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