O grupo italiano Atlantia, que tem a concessão do viaduto que desabou parcialmente nesta terça-feira (14), em Gênova, têm interesses em Brasil, Chile e Espanha, e tem como acionista a tradicional família de industriais Benetton. A tragédia na Itália deixou pelo menos 39 mortos e muitos feridos, além de estragos de patrimônio. A busca por sobreviventes ainda está sendo feita.
O Atlantia administra mais de 5 mil quilômetros de rodovias, sobretudo na Itália, onde é encarregado de 51% da rede do país, incluindo o eixo Milão-Bolonha-Florença-Roma-Nápoles, e também em países como Brasil, Chile, Índia e Polônia.
No Brasil, a empresa italiana integra, junto com o grupo Bertin, a joint venture AB Concessões S/A. Segundo o site do grupo, a AB Concessões S/A administra mais de 1.500 km de rodovias, sendo “responsável pelas concessionárias Triângulo do Sol (100%), Rodovias das Colinas (100%) e Rodovias do Tiête (50%), em São Paulo, e a Nascentes das Gerais (100%), em Minas Gerais”.
Recentemente, o Atlantia se uniu ao germano-espanhol Hochtief-ACS para adquirir por € 18,2 bilhões a concorrente espanhola Abertis, que se apresenta como a primeira concessionária de rodovias com pedágio no mundo, com mais 8.600 quilômetros em 15 países. O grupo ficará com 50% mais uma ação da companhia comum que controlará o Abertis.
A concessionária italiana, herdeira do grupo público Autostrade SpA, privatizado em 1999, faz parte do grupo Benetton, a famosa família de industriais italianos, que possui 30% de seu capital.
O Atlantia indica em seu site ter investido € 11,4 bilhões para melhorar a sua rede italiana desde 1997, no âmbito de um programa de obras de € 24,4 bilhões em 923 quilômetros de rodovias. Na informação fornecida, indica que espera o aval das autoridades para iniciar um desvio em Gênova.
O grupo italiano também se tornou, em março, o primeiro acionista do Getlink (ex-Eurotúnel), grupo que administra o túnel submarino que atravessa o Canal da Mancha, após comprar 15,49% de seu capital por € 1,060 bilhão.
A empresa está presente no setor aéreo desde 2013 com os dois aeroportos de Roma, o de Fiumicino e o Ciampino, por onde passaram 47 milhões de passageiros em 2017.
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