O Brasil assistiu estarrecido a mais uma notícia de ataque cometido nesta segunda-feira (27) contra professores e alunos dentro de uma escola, dessa vez em São Paulo.
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Um aluno de 13 anos do 8º ano da Escola Estadual Thomázia Montoro, na Vila Sônia, na Zona Oeste da capital paulista, esfaqueou quatro professoras e um aluno. Uma das professoras morreu e as outras vítimas foram hospitalizadas.
O caso chocou o país e uma nova informação também está dando o que falar: uma funcionária da antiga escola do adolescente havia registrado um Boletim de Ocorrência contra ele, dizendo ter se sentido ameaçada.
Este B.O. foi registrado em 28 de fevereiro em Taboão da Serra e dizia que o agressor postava imagens com armas de fogo simulando ataques violentos.
No histórico da denúncia realizada na polícia, umas das coordenadoras da antiga escola dele descreveu que o aluno do 8º ano apresentava comportamento suspeito nas redes sociais e “vídeos comprometedores“.
Diante desses problemas na Escola Estadual José Roberto Pacheco, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, no início de março o aluno de 13 anos foi transferido para a Escola Estadual Thomázia Montoro, na Vila Sônia – onde aconteceu o ataque desta segunda (27).
Na época, o aluno usou um aplicativo de mensagens para enviar fotos de armas a outros alunos e isso acabou dando medo em alguns pais. A escola convocou os responsáveis do adolescente para receber orientações da direção. Depois, ele foi transferido de unidade.
Segundo informações do portal ‘G1’, entre as últimas semanas de fevereiro e as primeiras de março, uma pesquisadora que tem um grupo de estudos sobre polarização no meio digital encaminhou à Secretaria de Segurança Pública da Bahia prints de perfis do Twitter com ameaças sobre massacres.
Entre essas capturas de tela, estavam publicações feitas pelo agressor de apenas 13 anos da Escola Estadual Thomázia Montoro.
Quatro professoras e um aluno foram esfaqueados na unidade, que fica na Vila Sônia. Uma das vítimas, a professora Elisabete Tenreiro, de 71 anos, teve uma parada cardíaca e morreu no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP).
Vídeos que viralizaram nas redes sociais mostram o aluno sendo desarmado e imobilizado por uma professora de Educação Física. Ele permaneceu assim até ser levado por policiais ao 34° DP, onde o caso foi registrado.
Ainda nesta segunda-feira (27), alguns pais de estudantes relataram à TV Globo que agressões físicas entre os alunos são constantes na escola onde aconteceu o crime.
Veja uma foto de Elisabete Tenreiro, a professora morta no ataque desta segunda-feira (27):
Aluno usou referências ao massacre de Suzano
Durante o ataque, o adolescente de 13 anos fez referências ao massacre de Suzano, ocorrido em 2019, que deixou oito mortos – como o uso da mesma máscara de caveira.
Nas redes sociais, o jovem fazia parte de preocupantes grupos e comunidades que cultuam massacres em escolas e chegou a comunicar nessas páginas, horas antes, que faria o ataque no dia seguinte.
No Twitter, o aluno usava o nome Taucci e uma sequência de números. Este é o sobrenome de um dos garotos que abriram fogo contra colegas na escola de Suzano há quatro anos.
No dia 13 de março de 2019, os ex-alunos Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, entraram na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, Região Metropolitana de São Paulo, e começaram a atirar contra alunos e professores.
Outra referência é que, no dia do ataque nesta segunda-feira (27), o adolescente de 13 anos usava uma máscara sobre o nariz e a boca com o desenho de uma caveira.
Trata-se de uma máscara idêntica à utilizada pelos atiradores de Suzano. Também foi a mesma usada pelo adolescente que atacou duas escolas em Aracruz, no Espírito Santo, em novembro de 2022, que matou quatro pessoas e deixou 12 feriadas na ocasião.
A balaclava da caveira usada pelos três autores de massacres no Brasil é símbolo de supremacistas americanos. Grupos de extremistas da República da Flórida e Divisão Atomwaffen costumam exibir essa caveira na web.
Essa mesma máscara também é uma referência a assassinos retratados em videogames e a um atirador de uma série de ficção norte-americana.
Nas redes sociais, ainda encontra-se imagens de jovens fazendo saudações nazistas com um braço estendido e o rosto coberto pela mesma imagem da caveira.
Veja uma foto do atirador de Suzano com a máscara:
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