O primeiro caso do novo coronavírus no Brasil foi confirmado pelo Ministério da Saúde. Um brasileiro de 61 anos, que mora em São Paulo e viajou para a Itália entre os dias 9 e 21 de fevereiro, deu positivo em seu primeiro exame, realizado no Hospital Albert Einstein.
O procedimento padrão, agora, é realizar um segundo teste, em caráter de contraprova. O homem apresenta sinais leves da doença, mas já está isolado em sua casa.
Em nota, o Hospital Albert Einstein esclarece: “O paciente encontra-se em bom estado clínico e sem necessidade de internação, permanecendo em isolamento respiratório que será mantido durante os próximos 14 dias. A equipe médica segue monitorando-o ativamente, assim como as pessoas que tiveram contato próximo com ele”.
O Ministério da Saúde deve se posicionar nas próximas horas, mas já informou que todos os procedimentos estão sendo tomados. No atendimento ao caso, o hospital adotou todas as medidas preventivas para transmissão por gotículas, coletou amostras e realizou testes para vírus respiratórios comuns e o exame específico.
Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu início aos procedimentos padrão, solicitando à companhia aérea a lista de passageiros para identificar as pessoas que estiveram no mesmo voo procedente da Itália, país na lista de casos confirmados da doença.
“O documento será encaminhado ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) para investigação de outros passageiros do voo que tiveram contato com o caso suspeito”, diz a nota da Anvisa.
A Agência reforça o alerta para as pessoas que estiveram recentemente em países com casos confirmados e apresentar febre, tosse, dificuldade em respirar ou outros sintomas respiratórios, procure atendimento médico de imediato e informe ao profissional de saúde a viagem feita para o exterior.
Na segunda-feira (24), o Ministério da Saúde informou que ampliou os critérios para definição de caso suspeito para o Covid-19.
Agora, também estão enquadradas com suspeitas pessoas que apresentarem febre e mais um sintoma gripal, como tosse ou falta de ar, e vierem dos seguintes países: Alemanha, Austrália, Emirados Árabes, Filipinas, França, Irã, Itália, Malásia, Japão, Singapura, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Tailândia, Vietnã e Camboja, além da China.
Quatro casos suspeitos
O total de casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus no Brasil continua em quatro, segundo a atualização mais recente do Ministério da Saúde. Nas últimas 24 horas, um caso foi descartado no estado de São Paulo, mas uma nova suspeita surgiu no estado do Rio de Janeiro.
Desde o início do monitoramento, 55 suspeitas de Covid-19, doença provocada pelo novo vírus, foram descartadas em todo o país. Os estados que lideram os descartes são Paulo, com 26 pacientes analisados; Rio Grande do Sul, com dez pacientes, e Rio de Janeiro, com oito.
Cartilha sobre novo coronavírus
Uma universidade de medicina no Japão publicou uma cartilha online que explica como as pessoas podem se proteger do novo coronavírus.
Mitsuo Kaku, especialista em doenças infecciosas e professor da Universidade de Medicina e Farmácia de Tohoku, lidera a equipe que elaborou a cartilha. O documento oferece informações atualizadas sobre como o vírus se espalha e o que as pessoas podem fazer em suas casas para evitar contaminação.
A cartilha recomenda que apenas um membro específico da família seja responsável por cuidados a uma pessoa que esteja apresentando sintomas. Os cuidadores designados devem utilizar luvas e máscara cirúrgica, lavar as mãos frequentemente e medir a sua própria temperatura duas vezes ao dia.
As pessoas também são aconselhadas a utilizar pratos e talheres separados para as refeições, além de deixá-los de molho em desinfetante por pelo menos cinco minutos antes de lavá-los. Roupas também devem ser deixadas de molho por pelo menos 10 minutos em água com temperatura de 80º Celsius antes de serem lavadas. Os cômodos devem ser ventilados de 5 a 10 minutos a cada uma ou duas horas.
Kaku disse ter esperança de que as pessoas que lerem a cartilha consigam diminuir seu risco de contrair o vírus e possam sentir-se mais seguras em seu dia a dia.
* Com informações de Agência Brasil
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