Procuradores da Alemanha solicitaram um mandado de prisão contra um iraquiano de 26 anos detido após um ataque ao ônibus que transportava atletas do Borussia Dortmund, um dos principais times de futebol da Alemanha, e afirmaram nesta quinta-feira (13) que acreditam que o suspeito fazia parte do Estado Islâmico.
Entretanto, a Procuradoria Federal acrescentou não haver provas de que o suspeito, que foi identificado como Abdul Beset A. e chegou ao país via Turquia no início de 2016, participou do ataque. Ele irá comparecer diante de um juiz que irá decidir se aprova ou não o mandado de prisão dos procuradores, o que tornaria legal que ele ficasse detido mais do que 24 horas.
Três explosões ocorreram quando o ônibus do Borussia seguia para o estádio do time para uma partida da Liga dos Campeões contra o Mônaco na terça-feira, ferindo o zagueiro espanhol Marc Bartra e adiando a disputa em um dia.
De acordo com as investigações, os três explosivos continham fragmentos metálicos, explicitando uma técnica parecida com outros ataques terroristas, no intuito de ferir o máximo de pessoas possíveis. A polícia confirmou que os artefatos explosivos têm poder de destruição em um raio de até 100 metros. O explosivo que atingiu o ônibus do Borussia estava numa distância de apenas 10 metros. Segundo o jornal Bild, foram usados detonadores para explodir as bombas, provavelmente à distância, usando telefones celulares.
Cartas
Três cartas idênticas escritas em alemão e encontradas perto do local do atentado contra o ônibus levam a crer em uma possível motivação islâmica para a ação. Segundo a imprensa alemã, os documentos fazem referência ao atentado em um mercado natalino em Berlim, que matou 12 pessoas e deixou outros 48 feridos em dezembro, e denuncia a participação de aviões tornados alemães em ataques que resultaram na morte de muçulmanos na Síria. O texto fala que a Alemanha e outras países estarão na mira do Estado Islâmico até que os “Tornados sejam retirados” e a base militar americana, situada em Ramstein, no oeste alemão, seja fechada.
“Neste momento, todos os atores, cantores, atletas infiéis e todas as personalidades proeminentes da Alemanha e de outras nações de cruzados estão em uma lista de morte do Estado Islâmico”, diz a carta.
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