A Paris Filmes, empresa distribuidora de filmes do Brasil, se envolveu em uma polêmica nas redes sociais nesta semana. Nas contas no Facebook e Twitter, foram divulgados dois filmes que tratam de assuntos conflitantes em menos de um dia. O primeiro, ‘Como se tornar o pior aluno da escola’, do brasileiro Danilo Gentili, se apresenta como um “manual politicamente incorreto” de como se comportar na escola. Já o segundo, “Extraordinário”, produção norte-americana, fala sobre a dificuldade de uma criança com deformidade facial de se integrar ao convívio escolar, pregando uma mensagem de respeito e aceitação.
Pelo fato de ser uma grande empresa, é normal que seu catálogo explicite produções com abordagens variadas, focos distintos e mensagens que não dialogam entre si. Porém, os internautas apontaram a incongruência no discurso da Paris Filmes adotada nas publicações.
Para o filme brasileiro, a empresa apostou em frases que incentivam práticas de violência nas escolas. “P Bullying existe para ser praticado!!! “Como se tornar o pior aluno da escola” vai te dar alguns ensinamentos. Assista hoje nos cinemas”, diz uma das postagens. “Pra causar na escola e ser o Pior Aluno, você precisa seguir esse tutorial, CABAÇO!”, incentiva a outra.
Em contrapartida, para o filme “Extraordinário”, a empresa levantou a bandeira do respeito e utilizou defendeu campanhas antibullying. “Neste #DiaDoCombateAoBullying, vamos espalhar a gentileza, afinal de contas… #SomosTodosExtraordinário”, diz a publicação.
Internautas passaram a comentar nas publicações da distribuidora apontando essa divergência. Após inúmeras críticas, a Paris Filmes apagou uma das postagens no Twitter e explicou, em nota ao site Buzzfeed, que o filme de Danilo Gentili não representa ps princípios da empresa.
“A Paris Filmes possui um enorme catálogo de lançamentos para atender diferentes perfis de audiência e busca trabalhar cada lançamento de forma singular. “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola” é uma obra de ficção e não reflete as opiniões e princípios que norteiam a empresa. Lamentamos o ocorrido e pedimos desculpas a todos que tenham se sentido ofendidos pela postagem, que foi retirada do ar logo após ter sido publicada. Em respeito a opinião do público, já tomamos medidas internas para evitar que este tipo de situação volte a acontecer”, explica a nota.
Veja alguns comentários:
Eu to chocado que a Paris Filmes ta fazendo esse papel de babaca!!!!! pic.twitter.com/xsWFoJFecl
— xoxo, Claudio ? (@applaus3) October 21, 2017
Tá difícil entender a @ParisFilmes pic.twitter.com/jYKZbK1bfX
— Dona Biga (@MatheusMalex) October 21, 2017
A @ParisFilmes ñ pode ver uma vergonha q já quer passar… pior frase do ano “o bullying existe para ser praticado”. Quem é o social media? pic.twitter.com/3lYDGKoKIf
— Mari Tegon ⚡️ (@maritegon) October 22, 2017
"Bullying existe pra ser praticado"
Vocês me dão nojo pic.twitter.com/9GiW9MqLkJ— A Tiger #AHSCult (@riquejenner) October 22, 2017
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