A família da doméstica Valéria Muniz de Carvalho, de 52 anos, quer respostas para o desaparecimento da parente, que estava internada no Hospital Municipal Salgado Filho, no bairro do Méier, no Rio de Janeiro. Seu corpo foi encontrado pela polícia a 2,5 km de distância do local. As informações são do portal UOL.
Segundo os familiares de Valéria, ela foi internada no hospital na sexta-feira (18) para fazer uma cirurgia por conta de uma fratura no calcanhar e que ela teria de fazer alguns exames.
No entanto, a família estranhou a falta de informações durante o final de semana. Então, foram até a hospital na segunda-feira (21) e descobriram que Valéria havia desaparecido.
Após realizar buscas, a família constatou que o corpo da doméstica estava no Instituo Médico Legal (IML). Ela foi localizada pela polícia em uma rua de um bairro vizinho ao hospital.
O caso já está sob investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Família rebate posicionamento do hospital
Em nota, a direção do Hospital Municipal Salgado Filho lamentou a morte da doméstica e afirmou que está colaborando com a investigação. Além disso, alegou que na manhã de sábado, por volta das 5h, Valéria deixou a unidade caminhando pelo setor de emergência.
A unidade ainda disse que a saída a paciente foi gravada pelas câmeras de segurança e que as imagens já foram disponibilizadas para a polícia.
No entanto, Milton de Souza, namorado de Valéria há 10 anos, questionou o posicionamento do hospital e disse que a doméstica não poderia ter deixado o local andando sozinha, pois ela estava com o pé quebrado.
“Eu fiquei o tempo inteiro com ela no hospital na quinta-feira e ela já internou no mesmo dia. Na sexta, me mandaram aquele relatório médico sobre ela. Quando foi na segunda-feira pela manhã, eu fui ao hospital para pedir notícia, porque eles não falaram mais nada. Foi aí que me informaram que a Valéria tinha saído andando do hospital”, disse.
“Ela não tinha condições de andar sozinha com o pé quebrado, não tinha como. Na mesma hora eu fui para a delegacia. Na segunda de noite, descobrimos que o corpo dela estava no IML desde sábado. Eu estou em estado de choque até agora”, continuou.
“É um sentimento de perplexidade. A Valéria era uma pessoa muito extrovertida, brincalhona, todos da vizinhança conheciam ela. A gente agora só quer saber o que aconteceu, nada mais. Eu só quero que tudo seja esclarecido, quero saber a verdade para a morte dela ser respeitada”, concluiu Milton.
O UOL procurou a Polícia Civil do Rio de Janeiro, que afirmou que continua apurando os fatos e que ainda aguarda o resultado do laudo pericial do corpo de Valéria.
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