Uma jovem de 21 anos processou um homem, de 28, que espalhou boatos sobre ela em um grupo de WhatsApp. Como resultado, venceu a ação judicial e recebeu uma indenização de R$ 10 mil.
A ação correu na 24ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo. A decisão foi tomada no dia 13 de janeiro e noticiada, recentemente, pelo portal UOL. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pela reportagem.
O desembargador Silvério da Silva, responsável pela decisão, disse que o homem “abalou a honra” da jovem ao divulgar, em um grupo de WhatsApp com 17 homens, que tinha relações sexuais com ela e havia tirado a virgindade dela. Contudo, segundo a moça, eles eram apenas amigos.
O homem disse, ainda, que o relacionamento era secreto e que não deveria ser revelado a nenhuma outra pessoa fora daquele círculo em questão. A informação considerada caluniosa chegou a conhecimento da jovem depois que uma amiga dela passou a namorar um rapaz do grupo.
Áudios e mensagens do aplicativo foram analisadas para se chegar ao veredicto. O relatório aponta: “as mensagens chegaram a conhecimento de todos os círculos sociais da autora; e que observaram, pessoalmente ou por meio de outras pessoas, que a autora deixou de ir à faculdade e de sair de casa, após o abalo sofrido por ter sabido das mensagens difamatórias”.
O homem também teria ofendido outras pessoas da família da jovem. Segundo a jovem, ele disse que viu a irmã dela sem roupas e que a mãe dela havia flagrado o falso casal durante relação sexual.
Antes de entrar com a ação judicial, a jovem entrou em contato com a família do homem para que ele admitisse que era tudo mentira. Contudo, a mãe do rapaz teria dito que “era tudo mentira” o que os amigos falavam e que não poderia fazer nada.
Em defesa, o homem disse que “tudo foi forjado”. Após a decisão judicial, ele tentou entrar com recurso, que foi negado. O rapaz também está sendo processado criminalmente.
Deixe seu comentário