Empresa humilha candidata a estágio publicamente por foto de biquíni na web

A jovem Emily Clow, de 24 anos, mora na cidade de Austin, no Texas (EUA). Recentemente, ela passou por uma situação pra lá de desagradável e inesperada após ter se aplicado para uma vaga de estágio em uma empresa de marketing chamada Kickass Masterminds.

Emily jamais imaginou que a empresa teria uma atitude muito antiética: um dia, viu uma foto de sua conta do Instagram sendo usada pela companhia – sem autorização. Além da foto, que foi baixada de sua conta na rede social, o texto que acompanhava a publicação era uma advertência para outras pessoas que se interessassem em se candidatar pela vaga.

“Não divida as suas redes sociais com seu empregador se este é o tipo de conteúdo que você posta. Estamos procurando por uma profissional de marketing, não uma modelo de biquíni”, diz a legenda da postagem.

Na foto em questão, Emily Clow aparecia em um maiô vermelho, durante um momento pessoal de lazer. Ao tomar conhecimento da publicação, ela deixou um comentário indignado: “Isso é inapropriado e antiprofissional, humilhar um candidato pelas mídias sociais”.

Veja:

Depois, ela usou sua conta do Twitter para manifestar toda sua indignação: “Hoje eu fui objetificada por uma empresa por causa de uma foto usando biquíni. Eles alegaram que me fez ser ‘antiprofissional’. Eles tiraram uma foto da imagem, postaram em seu Instagram e me chamaram a atenção. Eu ainda estou chocada que esta foi a maneira com que a empresa decidiu lidar com a situação”.

i was objectified earlier today by a company because of a picture of me in a bikini. they claimed it made me an “unprofessional.” they screenshot the photo, posted it on their insta story and called me out.

i am still baffled that the company handled it in such a manner.

— Emily Clow (@emilyeclow) October 1, 2019

A repercussão foi tanta que a empresa foi obrigada a trancar ou desabilitar todas as suas contas em redes sociais, após inúmeras manifestações de pessoas que decidiram criticar os posicionamentos da companhia.

Sara Christensen, fundadora da Kickass Masterminds, tentou se defender: “A mulher em questão não foi desqualificada da vaga por causa de seu perfil nas redes sociais. De fato, ela nem sequer tinha sido desqualificada. Ela nunca foi comunicada sobre ter sido desqualificada. Ela pediu que a foto fosse removida e eu fiz isso imediatamente”.