Espiar o celular do companheiro ou parceiro de relacionamento na Arábia Saudita agora pode resultar em altas multas e em até um ano de prisão, de acordo com uma nova lei que pretende “proteger a privacidade, além da moral dos indivíduos e da sociedade”.
A punição será válida tanto para homens quanto para mulheres no ultraconservador reino muçulmano, de acordo com comunicado divulgado na noite de segunda-feira (2) pelo Ministério da Cultura.
A lei pode, entretanto, proteger homens de suas esposas. Como em muitas outras partes do mundo muçulmano, leis sauditas para divórcio, inspiradas em escrituras sagradas, muitas vezes exigem que esposas forneçam evidências de abuso ou promiscuidade sexual para pedir pensão. O celular de um marido pode ser grande fonte de evidências do tipo.
A chamada lei anti-crime cibernético torna “espionar, interceptar, ou receber dados transmitidos através de uma rede de informação ou computador sem autorização legítima” um crime. A lei prevê pena de até 500 mil riais sauditas (US$ 133 mil), pena de prisão ou ambos.
“Redes sociais têm resultado no constante crescimento de crimes cibernéticos como chantagem, fraude e difamação, sem mencionar a invasão de contas”, disse o ministério.
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