O ex-presidente do Vasco, Eurico Miranda, morreu no início da tarde desta terça-feira de causas não reveladas. Dirigente histórico e polêmico do clube carioca, ele estava com 74 anos e havia dado entrada no hospital Vitória, na Barra da Tijuca, no Rio, após passar mal. O dirigente lutava há anos com problemas de saúde, como um câncer na bexiga, um no pulmão e outro no cérebro.
Embora estivesse debilitado nos últimos tempos, ele nunca se afastou da política do Vasco, tanto que exercia o cargo de presidente do Conselho de Beneméritos do clube. Mas não vinha mais participando de eventos públicos, deixando de acompanhar os jogos do time em São Januário, algo que sempre foi recorrente e marcou a sua passagem pelo clube.
Filho de portugueses, Eurico era advogado e começou o trabalho no Vasco na década de 1960. As primeiras atitudes de maior repercussão foram nos anos 1980, quando o dirigente contribuiu para o clube conseguir o retorno do atacante Roberto Dinamite, que estava no Barcelona. Na mesma década, ele articulou duas negociações importantes para o Vasco: a venda de Romário para o PSV, da Holanda, e a compra de Bebeto, ex-Flamengo.
Depois de se tornar vice-presidente do Vasco nos anos 1990, Eurico passou a ser a figura mais conhecida do clube, até mesmo mais do que os presidentes da época. Costumava dar entrevistas polêmicas, quase sempre aparecia na frente das câmeras com um charuto e era bastante centralizador. “Aqui no Vasco mando eu. Ditatorialmente!”, afirmou ele certa vez.
O primeiro mandato dele no comando do Vasco foi em 2001. Eurico também teve outras três passagens pelo cargo, a última delas em 2014. Paralelamente ao clube, o dirigente ingressou na carreira política e chegou a ser deputado federal. Porém ele não chegou a cumprir integralmente o mandato de quatro anos e acabou cassado.
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