O Facebook retirou do ar, neste sábado (24), a página Ceticismo Político, responsável por disseminar fake news (notícias falsas) sobre a vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada a tiros no Rio de Janeiro no dia 14. “Nossos Padrões da Comunidade não permitem perfis falsos, e contamos com nossa comunidade para denunciar contas assim. Páginas administradas por perfis falsos também violam nossas políticas”, informou a assessoria do Facebook no Brasil.
Na sexta-feira (23), a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) do Rio de Janeiro instaurou inquérito para tentar identificar os autores e disseminadores de textos difamatórios contra a vereadora.
Um grupo de advogadas recolheu nas redes sociais e entregou à delegacia 17 mil postagens contendo mentiras sobre Marielle. Tanto quem criou como quem replicou esses textos podem ser indiciados pelos crimes de calúnia, injúria ou difamação.
Uma outra página do Ceticismo Político, que foi atualizada pela última vez em fevereiro, e tem 23 mil curtidas, ainda permanece no ar.
Em mensagens publicadas em redes sociais e áudios enviados pelo aplicativo Whatsapp, internautas têm divulgado informações – sem nenhuma comprovação – de que Marielle teria ligação com o crime organizado e que sua morte estaria relacionada a esse envolvimento. A mentira foi reproduzida por uma desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) em uma postagem no Facebook. O deputado Alberto Fraga (DEM-DF) foi outro que reproduziu fake news em uma de suas redes sociais.
Estas e outras publicações semelhantes geraram revolta nas redes sociais e fizeram a equipe jurídica do PSOL criar uma força-tarefa para identificar os autores de informações mentirosas e difamatórias contra Marielle e denunciá-los à Polícia Civil.
YouTube
Na sexta-feira (23), representantes da plataforma YouTube disseram que vão retirar 16 vídeos com ofensas à vereadora. A remoção foi determinada pela Justiça, em ação proposta pela irmã de Marielle, Anielle Franco, e pela viúva da vereadora, Mônica Benício.
As duas pediram à Justiça que determinasse a retirada de 40 vídeos postados no YouTube. Até aquela data, haviam sido vistos por mais de 13 milhões de pessoas.
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