A Universidade Santo Amaro (Unisa) readmitiu os 15 alunos do curso de Medicina que haviam sido expulsos por atos obscenos durante jogos universitários. O caso ganhou o apelido infame de “punhetaço”.
A decisão veio após a 6ª Vara da Justiça Federal entender que a expulsão violou o direito à ampla defesa e ao contraditório.
O episódio que levou à expulsão inicial ocorreu em abril em São Carlos, interior de São Paulo, mas ganhou notoriedade recente nas redes sociais.
Os alunos apareceram em um vídeo correndo nus durante uma partida feminina de vôlei, em outro momento, simularam um ato de “masturbação coletiva”.
Os advogados de defesa dos expulsos sustentam que eles foram “obrigados a tirar a roupa no contexto de uma série de imposições e trotes praticados por veteranos contra calouros”.
A decisão de reintegrar os alunos não foi bem recebida por outros estudantes da universidade. Muitos acreditam que isso passa uma sensação de impunidade e prejudica a imagem da instituição.
Jenifer Nascimento, estudante de odontologia, expressou seu descontentamento, afirmando que a decisão de reintegração fez com que todo o alívio sentido com a expulsão inicial fosse em vão.
Outros alunos também apontaram que o curso de Medicina parece ser favorecido dentro do campus, tanto em termos de instalações quanto de tratamento.
Estudantes de outros cursos expressaram preocupações sobre como essa decisão pode afetar a imagem da universidade e até mesmo a segurança dos alunos no campus.
Isabella Tindou, também do curso de odontologia, mencionou que o episódio pode fazer com que futuros estudantes hesitem em se matricular na Unisa.
Erick Ramos Oliveira, estudante de publicidade, questionou o comportamento futuro desses alunos, especialmente considerando que eles trabalharão com a integridade física de pacientes.
Medidas da Universidade após caso do punhetaço
Após a decisão judicial, a Unisa afirmou que tem trabalhado para evitar o clima de hostilidade e trotes entre veteranos e calouros.
O advogado Marco Aurélio de Carvalho, que representa a instituição, destacou que a universidade já realiza campanhas contra trotes violentos e discriminatórios desde 2017 e que essas campanhas serão reforçadas.
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