A defesa da família de Tatiane Spitzner anexou, na semana passada, conversas por WhatsApp da advogada morta com sua melhor amiga. Nas mensagens, entre março e junho deste ano, ela relatava sobre a relação com o marido e contou sentir “medo” e disse que ele tinha “ódio mortal” por ela.
Ela também comenta que “não conhece a pessoa que tem ao seu lado”; Ainda, ela diz que não estava mais conseguindo manter uma conversa com o marido e que ele a “humilhava sem ter feito nada” e que “não podia abrir a boca que era criticada, cortada”.
A defesa de Luís Felipe Manvailer, suspeito de matar a esposa em Guarapuava, na região central do Paraná, afirmou que as conversas estão “fora de contexto”. Tatiane foi encontrada morta depois de cair do 4º andar do prédio onde morava.
A queda foi na madrugada do dia 22 de julho e o marido está preso. Ele foi indiciado pelo crime de feminicídio. Manvailer nega ter jogado Tatiane da sacada. O casal estava junto havia cinco anos e era “feliz”, de acordo com a defesa dele.
Os trechos de WhatsApp divulgados, de acordo com a defesa da família, fazem parte do pedido de manutenção da prisão preventiva do marido.
“[…] a hipótese de sua liberdade durante as investigações ou a colheita judicial da prova gera temor em familiares de Tatiane possivelmente em testemunhas do caso, restando evidenciada a necessidade de manutenção da sua prisão”, diz um trecho do pedido.
Em nota, a defesa de Luis Felipe disse que “já impugnou os referidos materiais via petição por entender que essas não têm valor legal”.
Também informou que os prints apresentados só terão valor jurídico se o “celular de onde supostamente as mensagens foram extraídas passar por uma perícia”. Para a defesa, “sem tal procedimento, as mensagens não passam de informações fora de contexto e sem valor legal”.
Por fim, a defesa se reservou ao direito de não comentar “as declarações dadas pela autoridade policial de Guarapuava, uma vez que não teve acesso nem às declarações na íntegra tampouco ao relatório do Inquérito Policial”.
Leia as conversas divulgadas:
Advogada morta no PR pode ter sido asfixiada antes de ser jogada de prédio
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