Fernanda Lacerda, mais conhecida por sua participação como Mendigata no programa ‘Pânico na TV’ (que foi ao ar de 2003 a 2012), tornou-se mãe pela primeira vez aos 35 anos no último sábado (28).
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O que chamou a atenção de muitos seguidores nas redes sociais foi o fato de que Fernanda optou por comer um pedaço da própria placenta após o nascimento de Gabriel.
A modelo e influenciada digital não hesitou em compartilhar detalhes do parto com seus seguidores no Instagram. Durante uma conversa, solicitou que o médico exibisse a placenta e discutisse os possíveis benefícios de consumi-la – polêmica prática conhecida como placentofagia.
Um especialista médico afirmou que a ingestão da placenta pode trazer diversos benefícios. “É bom para reportar a pele que se perdeu, dar mais leite no pós-parto, um monte de benefício…”, afirmou.
Veja capturas de tela de publicações de Fernanda no Instagram, comendo pedaço da placenta:
Além disso, Fernanda acrescentou na legenda que a prática também pode supostamente contribuir para um aumento de energia e para a redução dos sintomas de depressão pós-parto.
Na gravação, a modelo fez uma comparação inusitada sobre a experiência de provar a placenta. “Parece um ‘sushizinho‘. Com a fome que eu estou, eu comeria inteiro. Eu achei gostoso. Eu amei, parece um sushi, um sashimi“, relatou.
Dado o alcance e a influência de Fernanda Lacerda (ela é seguida por 2,9 milhões de pessoas no Instagram), é certo que essa atitude fomente a discussão sobre a placentofagia e seus supostos benefícios, especialmente entre futuras mães e seguidoras do modelo.
Outras famosas já compartilharam também comendo suas placentas… Kim Kardashian, Maira Cardi, Fernanda Lima e Bela Gil são algumas que optaram pela placentofagia.
Diferente de Mendigata, que comeu pedaços do órgão logo após ser retirado de sua barriga, Kim e Mayra fizeram um processo de congelamento e secagem do órgão, de modo que ele fosse transformado em pílulas para consumo.
A prática, embora polêmica, vem ganhando espaço e sendo alvo de estudos científicos que buscam comprovar ou refutar seus efeitos benéficos.
Consumo de placenta: especialistas alertam para riscos
Depois de Fernanda Lacerda comer sua própria placenta e gerar polêmica, os médicos esclarecem a falta de evidências científicas e os perigos associados à prática
A Mendigata defendeu que a prática de comer a placenta seria benéfica para a produção de ferro e combate à anemia, além de favorecer a produção de leite. No entanto, os especialistas apontam que não existe comprovação científica que respalde essas discussões.
O órgão, que age como um elo entre mãe e filho, auxiliando na transferência de nutrientes e protegendo o bebê de substâncias nocivas, tem sido objeto de uma tendência crescente conhecida como placentofagia.
Embora a prática tenha defensores que acreditam em seus supostos benefícios para a saúde da mãe e do bebê, profissionais da área médica argumentam que não há evidências que corroborem essas ideias. Mais ainda, alertam também para os riscos de transmissão de doenças.
Um estudo realizado pela Faculdade de Medicina de Northwestern, em Chicago, avaliou dez pesquisas publicadas recentemente sobre o assunto e descobriu que não há evidências de que sustentem a eficácia da placentofagia em questões como depressão pós-parto, dores, aumento de energia, melhoria na amamentação , elasticidade da pele ou qualquer suplementação de ferro para a mãe.
“Não, não comam placenta. Tem muita modinha, mas ela é um tecido e pode transmitir doença“, alerta Lígia Mascarenhas, ginecologista obstetra, ao portal ‘G1’.
Os médicos também frisaram que o perigo é ainda mais acentuado para mães portadoras de hepatite ou HIV, embora outras infecções também possam ser transmitidas.
“A gente escuta esse argumento de que melhora na anemia, na produção de ferro na gestante, mas não temos nenhuma base científica para isso. E já existe tratamento para essas questões”, pontua Mariana Lemos Osiro, outra especialista em ginecologia e obstetrícia.
Além de tudo, há o risco adicional de deterioração do tecido, caso seja armazenado de forma inadequada, o que pode aumentar ainda mais a suscetibilidade a infecções.
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