A atriz Flávia Monteiro, que ficou mais conhecida após ter interpretado Carolina na primeira versão da novela Chiquititas, do SBT, conversou com seus seguidores do Instagram recentemente. Durante o papo, ela foi questionada sobre um polêmico trabalho que realizou quando tinha apenas 14 anos de idade.
No filme ‘A Menina Ao Lado’, de 1986, ela protagonizava uma cena de sexo com o ator Reginaldo Faria – que tinha 49 anos na época.
A produção conta a história de um jornalista casado que aluga uma casa em uma praia para conseguir se inspirar e terminar de escrever seu livro. Então, ele acaba se apaixonando pela adolescente Alice.
“Não fui rechaçada pela sociedade, pelo contrário. O filme fez um sucesso absurdo. No entanto, as mães dos alunos do colégio onde eu estudava não queriam mais me ver por lá. As mães pediram minha expulsão do colégio. Elas diziam: ‘Como pode uma menina que faz um filme desses ser aceita pelo colégio?'”, disse Flávia.
“Sofri bullying. Bullying existe desde que o mundo é mundo. Respeito quem tenha uma cabeça mais careta, mas era preciso deixar claro que eu não sou aquilo que eu faço como personagem”, completou.
“O padre responsável pelo colégio vivia em Roma, na Itália, e teve que vir ao Rio de Janeiro para debater a questão. O mais maravilhoso é que o senhorzinho de 80 anos veio, me falou que eu era muito boa aluna e que não interessava o que eu fazia fora do colégio”, contou.
“Era meu primeiro trabalho, já como protagonista e contracenava com o Reginaldo Faria, de quem eu já era fã. Mas, sem dúvida, meu maior desafio acho que foram as cenas de sexo. Tinha 14 anos e tinha que fazer uma coisa que nem sabia como que era”, disse ela, revelando que era virgem na ocasião das gravações.
“Por ser cinema, há toda uma firula por trás. A Elisa (Tolomelli, roteirista do filme) me fez correr pela praia para ficar com a respiração ofegante, me fez subir numa almofada para brincar de cavalinho, essas coisas?”, explicou, aos risos.
“Todo mundo quer saber se a gente fica constrangida. Eu não tenho a menor dificuldade. Não tenho problema com nudez. Como ator, você tem que ser despudorado. Como pode ser ator com pudor? Não dá”, brincou.
“Fiquei tensa. A primeira deu tensão, mas as outras foram relaxadas. No cinema, há todo um jogo de câmera. Não ficava pelada 100%. O jogo de câmeras ajuda o ator e fui muito bem tratada, respeitada. Eu era uma menina de 14 anos”, finalizou a atriz.
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