Um fóssil de dinossauro fêmea grávida foi descoberto por cientistas chineses. A revelação foi feita em um estudo, publicado, na última terça-feira (14), na revista “Nature Communications”.
A descoberta mostra que o Archosauromorpha (grupo de répteis que surgiu no período Permiano Médio), que inclui os antepassados das aves e crocodilos, dava à luz e não se reproduzia com ovos, como sempre pensaram.
O fóssil é de um dinossauro fêmea, com 245 milhões de anos. Anteriormente, não era conhecida esta forma de reprodução nos répteis deste grupo. Com a investigação, coordenada por Jun Liu, da Universidade de Tecnologia de Hefei, na China, o mundo sabe hoje mais um pouco sobre a evolução destes animais.
A equipe de investigadores descreveu o novo fóssil de Dinocephalosaurus como um réptil marinho com um pescoço muito longo, encontrado na China. Havia um embrião em avançado estado de desenvolvimento que estava preservado no abdome do animal adulto, o que veio provar que não há “qualquer impedimento geral contra a possibilidade de os Archosauromorpha darem à luz”.
Após análise da história dos Dinocephalosaurus, descobriu-se que o sexo da descendência era determinado geneticamente, o que difere de outras espécies, como nos crocodilos e tartarugas, em que o sexo é definido conforme a temperatura dos ovos no ninho.
Por fim, os cientistas chegaram à conclusão de que a determinação genética do sexo poderá ter sido uma pré-condição para a forma de reprodução nos Dinocephalosaurus.
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