Um assassinato brutal chocou a população paulistana nos últimos dias. Um homem de 39 anos foi morto a facadas na frente da família após ter sido gentil com uma vizinha em um prédio no centro de São Paulo.
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Por mais estranho que possa parecer, não houve motivo minimamente plausível para o desentendimento entre o homem e uma nova vizinha, que havia mudado para o prédio no dia anterior ao crime.
Eduardo Paiva Batista era técnico em eletrônica e havia se mudado há 5 meses de São Vicente, no litoral paulista, para a capital com a esposa e a filha, de apenas 3 meses. Ele estava em busca de melhores oportunidades de trabalho e uma vida melhor para a família.
O homem alugou um apartamento em um edifício pequeno, sem porteiro, no Centro de São Paulo.
Contudo, não estava satisfeito com a moradia e já estava procurando outro prédio para morar. O motivo? Eduardo achava a rua muito barulhenta e insegura, além de ter muitos botecos e “nóias”.
“No domingo, a gente foi ver um apartamento, porque ele queria muito sair dali. Ele falava que estava fazendo mal para ele, estava fazendo mal para a gente, falava que aquela rua é horrível, perigosa”, contou a esposa dele, Samantha de Carvalho Firmino, de 39 anos.
Até que, na madrugada de terça-feira, 21 de março, por volta da 1h da manhã, uma mulher começou a gritar na entrada do prédio pedindo para entrar.
Samantha e Eduardo questionaram o que ela queria e ela disse que era nova moradora do prédio e estava sem chave, pedindo para o casal abrir a porta.
“Ele [Eduardo] desceu, abriu o portão, ela agradeceu e subiu para o apartamento”, contou a esposa.
Assassinado pela vizinha
Acontece que, às 5h, uma outra mulher chamada Angela Wilma, de 24 anos, bateu na porta de Eduardo e Samantha, acompanhada de um homem que não teve a identidade revelada.
Angela se apresentou como irmã daquela primeira mulher que pediu para abrir a porta, disse que também era vizinha do casal e reclamou dizendo que eles teriam “tirado” com a outra.
Angela Wilma quis dizer que o casal havia sido desrespeitoso com a mulher, o que segundo eles não aconteceu. Eduardo, inclusive, foi gentil ao descer e abrir a porta do prédio para ela.
“Ninguém ‘tirou’ ninguém, a gente ajudou ela. Ela pediu para abrir o portão porque estava com medo de ser assaltada na rua e estava sem chave”, declarou Samantha no momento da briga sem motivo. Mesmo assim, Angela e o homem continuaram reclamando.
“Aí eu me exaltei e falei: ‘Gente, vocês deveriam agradecer. A gente ajudou a irmã de vocês’. Nisso, em questão de três minutos de conversa, a menina já tirou uma faca e acertou ele [Eduardo] com uma facada fatal“, contou a mulher de Eduardo.
Segundo ela, o marido sangrava muito, conseguiu entrar no apartamento e caiu no chão – na frente da esposa e da filha bebê. Samantha chamou a polícia, Eduardo foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
A suspeita pelo homicídio, Angela Wilma, e o rapaz que estava com ela, fugiram. A Polícia Civil informou que o caso, ocorrido no bairro da Sé, está sendo investigado pelo 1º Distrito Policial de São Paulo e foi registrado como homicídio pelo 8° Distrito Policial de São Paulo.
“Não foi uma discussão acalorada com agressões verbais, xingamentos, qualquer tipo de ameaça, não teve nada disso. Só eu me exaltei um pouco falando um pouco mais alto: ‘Vocês deveriam agradecer porque a gente ajudou a irmã de vocês. A gente apenas abriu o portão, só isso. Ninguém ‘tirou’ ninguém. Eu me arrependo amargamente de ter deixado o meu marido abrir o portão“, disse a viúva ao jornal ‘Metrópoles’.
Eduardo se declarou à esposa pouco tempo antes de morrer
Aproximadamente um mês antes de ser assassinado pela vizinha, Eduardo havia se declarado para a esposa nas redes sociais.
Segundo ela, essas demonstrações de amor eram frequentes por parte dele, que estava muito feliz com a nova família.
“Você [Samantha] trouxe um significado para minha vida, que é servir e cuidar de você todos os dias que restam em minha vida”, escreveu Eduardo, em publicação nas redes sociais.
Eduardo e Samantha se relacionaram na adolescência, mas depois cada um seguiu sua vida e se envolveu em outros relacionamentos. Ambos estavam divorciados quando, na pandemia da Covid-19, eles se reencontraram em São Vicente e decidiram ficar juntos.
“Me contou que era ‘afim’ de mim desde a adolescência. Ele estava realizado porque conseguiu tudo que queria: namorar a menina que sempre quis, casar e fazer uma família com ela. Eu e a nossa filha éramos tudo para ele”, contou Samantha ao portal ‘G1’.
Em entrevista ao ‘G1’, o filho mais velho de Samantha disse que a mãe voltou para São Vicente com a filha recém-nascida de 3 meses e não tem a intenção de voltar ao apartamento em São Paulo onde a tragédia aconteceu.
“Nada vai trazer meu padrasto de volta, mas vai aliviar bem nossos corações. É angustiante e sufocante, ninguém imagina uma brutalidade dessas. Parece um pesadelo, só que não dá para acordar”, disse o enteado de Eduardo, Gustavo Carvalho Firmino Moya, de 23 anos.
Veja uma captura de tela da declaração feita por Eduardo para a esposa nas redes sociais:
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