A dinâmica das redes sociais tem preocupado os responsáveis pelo jornalismo da Rede Globo. Com maior liberdade para que repórteres e apresentadores demonstrem suas opiniões e hábitos para o público, mídias como Facebook, Instagram e Twitter tem também dado margem à ligação entre jornalistas globais e marcas, relação proibida por questões éticas da emissora.
Pensando nisso, o alto escalão de jornalismo da Rede Globo divulgou um comunicado proibindo marcações de empresas, check-ins em estabelecimentos comerciais e menção a instituições privadas nas redes sociais de seus jornalistas. A carta, em tom educado, foi assinada por Ali Kamel, diretor-geral de jornalismo e esportes da emissora e pede atenção aos globais do ramo da informação.
A carta oferece instruções detalhadas para o comportamento dos jornalistas:
“De forma certamente não proposital, alguns jornalistas da Globo, em suas redes sociais, têm publicado fotos suas com a marca aparente de algum produto, roupa, restaurante, hotel e afins. Ou, então, permitindo que o espaço para ‘localização’ da foto remeta a alguma marca. Isso leva o público a crer que possa estar diante de publicidade, mesmo que subliminar. Marcas, evidentemente, devem ser evitadas. E os nomes de restaurantes e lojas, no espaço dedicado à localização (nas redes sociais), devem ser substituídos pelo nome da cidade em que a foto foi tirada”.
Abrangendo todas as emissoras filiadas à Rede Globo, incluindo o canal Globo News, a carta recomenda que a mensagem seja repassada a todos os funcionários da área de jornalismo.
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