O grupo terrorista Sociedade Secreta Silvestre (SSS), braço brasileiro do Individualistas que Tendem ao Selvagem (ITS), organização responsável por cometer ataques a políticos e empresários ao redor do mundo, já praticou, no mínimo, três atentados em Brasília. E, agora, eles já têm seu próximo alvo: o presidente Jair Bolsonaro.
A revista ‘Veja’ divulgou detalhes da entrevista que fez com Anhangá, líder da SSS, sociedade que é caçada pela Polícia Federal há seis meses. A entrevista foi feita pela deep web, parte da web oculta ao grande público e associada a alguns conteúdos ilegais.
Anhangá, cujo nome significa “espírito que protege os animais” em tupi-guarani, revelou ser do sexo masculino, ter de 20 a 30 anos de idade e ser um defensor da natureza. Ele conta que a motivação para o ataque é porque “Bolsonaro e sua administração tem declarado guerra ao meio ambiente”,
Segundo o líder terrorista, o plano era executar Bolsonaro no dia 1º de janeiro, dia de sua posse, mas por conta do forte esquema de segurança montado pela polícia e pelo exército, o grupo decidiu adiar a ação. No ato, seriam utilizadas bombas e armas contra o principal alvo: o presidente e sua família.
Segundo inquérito da Polícia Federal, o grupo continua cometendo ataques graves e demonstrando “profusão de ideias violentas e extremistas, além de divulgar ameaças contra a vida do Bolsonaro”, o que já valida o crime de terror.
Além de Bolsonaro, o grupo também fez ameaças contra o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles e contra a Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves. Para Anhangá, “Salles é um cínico e quando menos esperar, mesmo que saia do ministério que ocupa, a vez dele chegará”. O motivo? Ele já chegou a adulterar documentos para beneficiar mineradoras e está sempre a favor de empresas e ruralistas.
Quanto a Damares, Anhangá afirma que o eco-extremismo é extremamente incompatível com o que prega o seu ministério. “Pelo símbolo que ela se tornou, a cristã branca evangelizadora que prega o progresso e condena toda a ancestralidade”, afirmou.
O grupo é acusado de colocar uma bomba em frente a uma igreja católica distante 50 quilômetros do Palácio do Planalto, em dezembro. Em abril, dois carros do Ibama foram incendiados em um posto do órgão em Brasília. A SSS exibiu os materiais utilizados nos ataques na web e assumiu a responsabilidade por eles.
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