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Influenciadora relata agressão em restaurante após ser confundida com garçonete

Homem teria importunado Helô Gomes com ofensas verbais antes de socá-la; dono do estabelecimento contesta parte da versão da influencer, mas confirma agressão

A influenciadora digital Helô Gomes relatou ter sofrido uma horrível situação no último dia 14 de setembro, mas que só agora a história veio a público.

A jovem de 34 anos, mais conhecida pelo perfil ‘Sanduíche de Algodão’ e pelo ‘Coletivo Lírico’, afirma que foi vítima de agressão física e verbal enquanto estava em um restaurante com amigos, na cidade de São Paulo. Após importunações, um homem desconhecido a golpeou com um soco na cabeça.

Juliana Ali, amiga de Helô Gomes, foi quem relatou o caso nas redes sociais. Ela estava junto no momento da agressão, que levou a jovem a ser internada. A amiga conta que todo o episódio já teve início no momento em que a blogueira chegou no restaurante.

Segundo ela, quando Helô Gomes “entrou no restaurante, um homem fez sinal, chamando ela até a mesa na qual ele estava sentado com outras pessoas. Ela nunca tinha visto esse homem. Ao se aproximar, o desconhecido disse: ‘garçonete, quero um drink assim e assado, bem caprichado, hein?'”.

A blogueira teria informado que não trabalhava no local e acompanhou os amigos até sua mesa. Contudo, após se sentar, ela foi surpreendida pela visita do rapaz. “Ele começou a passar a mão nas costas dela e dizer: ‘Você achou ruim que te confundi com a garçonete? Por quê? Você acha que toda garçonete é p***? Você é p***?'”, relatou Juliana.

“Todo o tempo tocando nela e encostando seu rosto no dela. Helô apenas disse: ‘Não encoste em mim. Não encoste em mim’. Helô chegou a mudar de mesa, mas não adiantou: ele voltou”, continua o relato. Helô teria pedido para ele se afastar e ameaçou jogar bebida no rosto dele.

Quando ele se recusou a sair, ela cumpriu a ameaça por ter se sentido acuada. Revoltado, Otto desferiu o soco na cabeça dela. “Ela caiu para o lado [e, ao se levantar], perguntou ao rapaz sentado ao lado: ‘Como é o nome desse homem?’. A resposta? ‘Não vou entregar meu amigo’. Ninguém segurou”, disse Juliana.

Imagens

Segundo ela, o rapaz foi embora e a amiga pediu a um dos donos do restaurante imagens de câmera de segurança. “Ele mostrou. Tudo filmado, em detalhes”, relata. Porém, no dia seguinte, o empresário teria, segundo ela, se negado a disponibilizar o vídeo.

Antes disso, as amigas foram a uma Delegacia da Mulher, onde prestaram queixa. Ao ligarem para o empresário, a surpresa. “Por telefone, ele me disse que não ficaria com a consciência tranquila se Otto cometer uma loucura depois [da divulgação das imagens]”, relatou Juliana.

O proprietário teria informado, ainda, que Otto tem um processo de agressão aberto contra ele. Além disso, disse que o rapaz luta boxe. “Ele deu um soco tão forte na cabeça da minha amiga que ela teve que fazer uma tomografia e ficar internada. Segue em observação sob cuidados médicos, ainda tem risco de hemorragia interna e recebeu o diagnóstico de estresse pós traumático”, contou a amiga.

Leia o depoimento completo de Juliana Ali clicando aqui.

 

A versão de Helô Gomes

Helô Gomes falou sobre o caso em uma entrevista ao portal ‘Uol’. “Acho que dentro do inconsciente machista, a mulher não tem a opção de escolha, o homem não pode ser contrariado. Eu só queria ficar em paz com minhas amigas e ele não me respeitou. Tenho certeza que ele acha que eu mereci o soco”, afirmou.

Ela completou: “Todos me disseram na hora que a culpa era minha [por ter jogado o drinque], mas as delegadas e escrivãs da Delegacia da Mulher que me explicaram que era legítima defesa, porque eu estava encurralada e não tinha para onde fugir. Elas fizeram exercícios corporais e me mostraram o código penal. Foi quando comecei a entender que ele me bateria de qualquer forma”.

A influenciadora ainda revela que o agressor, conhecido em seu círculo de amigos, entrou em contato pelo WhatsApp. “Ele me mandou mensagem (não sei como conseguiu meu número) no domingo (15) à noite, dizendo que adorava mulheres porque tem mãe e tias e que eu era muito bonita para ficar chateada à toa”, conta.

A vítima diz que tem recebido ameaças de outros números telefônicos. Ela chegou a ser orientada a não ficar mais em São Paulo.

A versão do dono do restaurante

Murched Omar Taha Filho, sócio do restaurante onde ocorreu o incidente, falou sobre o caso à reportagem da revista ‘Veja’. Ele disse que não estava presente no momento, mas que consultou as câmeras de segurança, falou com testemunhas e conversou com Helô Gomes, Juliana e o acusado.

O empresário disse que, de fato, a influenciadora foi confundida com garçonete. “Ela já se enfezou nesse momento. Ouvi a todos que estavam presentes, e todos contaram a mesma história. Ele estava ‘bebaço‘, ela também. Uma das pessoas na mesa dela conhecia o homem. Quando ele saiu para fumar, passou por ali e ouviu que precisava pedir desculpas à Helô. Ela falou que não queria saber, mas ele insistiu. Se aproximou várias vezes, cochichou na orelha dela. Ela falou várias vezes ‘não encosta em mim, não encosta em mim'”, afirmou.

O acusado teria dito a outra mulher: “Você é garçonete aqui também? Estou brincando. Até parece que ser garçonete é ser p***”. Pediram para que o homem se afastasse, mas ele não teria respeitado, segundo testemunhas ao empresário.

“Ela disse para ele sair, se não jogaria o copo na cara dele. Ele abaixou para dizer mais uma vez que queria pedir desculpas. Nessa hora, ela pega o copo, que bate entre o nariz e a testa do homem, que responde com um soco na cabeça dela”, disse o sócio do local.

Ele explicou, também, o porquê de não ter entregado as gravações. “Eu disse que não podia entregar, porque é crime, que entregaria para a polícia. Falei também que achava que esse processo ia dar b****, pois ela também tinha cometido uma agressão. Nunca disse que ela deveria negociar com o cara e nem mudei meu posicionamento. Meu nome foi usado para falar muita groselha, agora recebi uma série de comentários na internet me chamando de cúmplice”, afirmou.

Nesta quarta (25), Juliana Ali fez uma edição em sua postagem no Facebook e disse que conversou com o empresário. “Murched, dono do restaurante Ummi, onde ocorreram os fatos, me procurou esta manhã e tivemos uma longa conversa telefônica. Se mostrou preocupado, constrangido, foi muito educado e pediu desculpas por seu posicionamento inicial. Se posicionou a favor de Helô, se disponibilizou a ajudar no que for necessário e reiterou que entregou o video à delegacia que está cuidando do caso no dia de ontem, o que aconteceu realmente, como relatei anteriormente, e disse que não tinha intenção de mediar conversas entre Heloísa e seu agressor. Fiz questão de postar o resultado dessa conversa pois acho importante que todas e todos que estão apoiando a Helô saibam dos fatos como eles estão ocorrendo e não quero ser injusta omitindo essa informação”, disse.

Veja também:
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